Uma publicação feita por um médico nas redes sociais chocou os internautas. Isso porque o post mostrava a radiografia de um paciente com um quadro de cisticercose, doença parasitária causada pela ingestão das larvas de tênia.
O profissional de saúde, Vitor Borin de Souza, que é residente do Hospital das Clínicas de Botucatu, São Paulo, informou que o paciente o procurou após se queixar de uma tosse constante que já durava quase dois meses.
Vitor disse que solicitou um raio-x do tórax para averiguar qual poderia ser a causa do problema. Ao ver o resultado, o médico ficou impressionado com o que encontrou: centenas de ovos de tênia.
Por sorte, a doença parasitária não apresentava risco ao homem, já que as larvas estavam mortas e calcificadas. “Essas lesões estão calcificadas, então, não são cisticercos viáveis. Se não causar nenhum desconforto, vida que segue”, afirmou Souza em uma publicação no Twitter.
- LEIA MAIS: Japonesa é diagnosticada com verme na garganta após comer sashimi
A cisticercose é transmitida pelo contato com fezes humanas infectadas com o ovo da tênia, que pode afetar o cérebro, os músculos e outros tecidos do corpo. Geralmente os pacientes são infectados a partir da ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela má higiene das mãos.
Quais são os sintomas da cisticercose?
A doença pode apresentar diversos sintomas, pois depende do local em que o parasita está alojado. Quando o verme está na musculatura, por exemplo, o local ficará inchado, haverá dificuldades nos movimentos, além da possibilidade de haver uma inflamação.
Quando os ovos chegam ao cérebro (neurocisticercose), o paciente pode ter dores de cabeça frequentes, convulsões e confusão mental. Já a cisticercose ocular pode levar à cegueira.
Tratamento
O médico explica que o tratamento varia de acordo com o quadro do paciente. Deve-se avaliar se há lesões intracranianas, medulares e/ou oculares e se essas lesões são viáveis.
Quando os vermes já estão mortos e calcificados (inviáveis), não há a necessidade de usar medicações. Segundo Souza, não é necessário – nem indicado – tomar vermífugos anualmente para evitar a infecção.
“A princípio, pacientes com cisticercose fora do sistema nervoso central e assintomáticos não precisam de tratamento”, afirma Souza. “Se não tiver nenhuma lesão dentro da cabeça, na medula ou nos olhos nem precisa tratar”, explica.
Com informações do Metrópoles.