Mais de 5 mil candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país já pediram reaplicação da prova por apresentarem sintomas de doenças respiratórias, segundo informou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, neste domingo (17), em Curitiba.
O primeiro dia de exame aconteceu neste domingo para mais de 5,5 milhões de candidatos confirmados, em meio à alta no número de casos de coronavírus.
De acordo com o Inep, órgão responsável pelo exame, a prova será reaplicada para estes candidatos nos dias 23 e 24 de fevereiro.
É a mesma data em que 160 mil estudantes do Amazonas farão as provas, já que o governo estadual decretou a suspensão do Enem.
A medida foi tomada para conter o caos no sistema de saúde do estado, que enfrenta hospitais lotados e falta de oxigênio.
O ministro disse que foi ao Colégio Estadual Pedro Macedo, em Curitiba, para conhecer as condições de aplicação da prova. Ribeiro disse não acreditar que o Enem vá piorar a situação da pandemia no país. "Não acredito. Os portões abriram meia hora mais cedo para evitar aglomeração. Todos os cuidados foram cumpridos. Nós não podíamos adiar mais. Os mais pobres e mais humildes seriam os maiores prejudicados", disse
Pedidos de reaplicação
Os concorrentes que pediram reaplicação da prova terão seus pedidos analisados pelo Inep.
Segundo o órgão, os candidatos devem acompanhar se a solicitação foi aprovada ou reprovada na Página do Participante. Para fazer a solicitação, os candidatos tiveram que apresentar um documento legível que comprove a doença.
De acordo com o Inep, a orientação de não comparecer nos locais de prova com sintomas segue a mesma para o segundo dia de exame, marcado para o dia 24 de janeiro.
A prova quando for reaplicada será montada com questões diferentes, mas com o mesmo nível de dificuldade, segundo o Inep.
Disputas judiciais
A aplicação do Enem tem sido alvo de disputas judiciais, devido à pandemia.
A prova, prevista originalmente para novembro de 2020, foi adiada para janeiro deste ano – mesmo após enquete com participantes indicar o mês de maio de 2021 como a opção mais votada pelos estudantes.
Segundo o governo, a prova em maio atrasaria o cronograma de outros programas de ingresso no ensino superior.
A Defensoria Pública da União e entidades estudantis haviam pedido novo adiamento da prova em todo o país, alegando risco à saúde da população devido ao deslocamento e aglomeração de alunos em salas de prova. O pedido foi negado. A decisão afirmava que em locais onde haveria necessidade de restringir a circulação de pessoas, as autoridades locais poderiam impedir o Enem.
Com informações do G1.