Promotoria pede que mãe de Henry Borel volte ao presídio

Autor: Da Redação,
domingo, 10/04/2022
Monique Medeiros saiu do presídio na última terça-feira (05), quando conseguiu recurso pedindo prisão domiciliar

A professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em março do ano passado, deve voltar para a prisão menos de uma semana depois de ter conseguido liberdade, a partir de um recurso da defesa. Agora, o Ministério Público usou uma foto que Monique publicou no Instagram para pedir o retorno da mulher à prisão.

Conforme a promotoria, Monique Medeiros, que estava presa desde o dia 8 de abril de 2021, denunciada pela morte do filho junto com o padrasto da criança, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, violou as proibições determinadas pela Justiça ao ser solta, na última terça-feira (05). Os dois foram denunciados em maio do ano passado pelo homicídio triplamente qualificado de Henry e Jairinho permanece preso.

Monique Medeiros da Costa e Silva estava presa no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro. A defesa da professora, no entanto, nega que ela tenha sido responsável pela publicação da foto na rede social, num perfil identificado como Monique Inocente.

O ministério público, ao pedir que a professora seja levada novamente para o presídio, alega que a situação da professora já não se enquadra nas possibilidades de prisão domiciliar. “Não atentou a magistrada que o rol que possibilita a prisão domiciliar é taxativo e encontra redação no art.318 do CPP [Código de Processo Penal], não preenchendo a acusada nenhum dos seus requisitos. No caso de uma mulher, jovem como a acusada, uma das hipóteses seria se possuísse um filho menor, contudo ela responde a um processo justamente por ter participado do homicídio do único filho”, diz trecho do recurso.

A promotoria destaca que o fato de a mulher ter sido solta, mesmo tendo sido denunciada por um homicídio triplamente qualificado, e de publicar fotos em redes sociais após a soltura, traz abalos à ordem pública.

O advogado de defesa da professora afirma que ela não tem relação com o perfil que publicou suas fotos.