Uma professora de 23 anos foi presa por engano no Rio de Janeiro. Samara Araújo foi acusada de um crime cometido há 13 anos na Paraíba, quando ela tinha apenas 10 anos de idade. Ela foi solta na sexta-feira (1º) após passar oito dias no presídio feminino de Benfica e dividir cela com até oito mulheres.
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"Enquanto eu estava lá, eu não soube que estava todo mundo se juntando para me ajudar. Eu fiquei com a sensação que eu ia ficar lá abandonada", relatou Samara ao G1.
Depois de chegar no presídio, ela conseguiu um colchão para dormir. "Eu arranjei um colchão no canto e fiquei os dias lá. Três noites eu dividi com uma pessoa de confiança, depois ela foi para. Todo dia chegava gente e ia gente embora. Era temporário. Mas chegou a ficar 21 mulheres na cela", conta.
Sem saber se era dia ou noite, Samara não pôde participar da própria formatura na graduação de Matemática na UFF. A cerimônia foi no último fim de semana, enquanto ela ainda estava presa. Do lado de fora, a angústia da família. O pai da moça dormiu na porta da penitenciária todos os dias, dentro do carro, até a liberação dela.
O que dizem os envolvidos
A Polícia Civil do Rio disse que apenas cumpriu o mandado de prisão e que a investigação é da polícia da Paraíba.
O Ministério Público da Paraíba afirma que se manifestou favorável à defesa assim que ficou ciente, na última terça-feira (28). O ministério confirmou que o grupo criminoso usava CPF de terceiros.
Já o Tribunal de Justiça da Paraíba disse que o alvará de soltura foi expedido e que o próprio advogado de Samara agradeceu o empenho da Justiça em solucionar o caso.