Professor de escola pública é investigado por defender nazismo na web

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 04/11/2022
O diálogo foi registrado em uma captura de tela e repercutiu nas redes sociais

Um professor de história é alvo de uma investigação por defender o nazismo em um grupo do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. A Secretaria de Educação (SED) de Santa Catarina apura a conduto do docente, que leciona na rede estadual de ensino. A Polícia Civil (PC) também está investigando o caso. 

O diálogo foi registrado em uma captura de tela e repercutiu nas redes sociais. Durante a conversa, o homem, que tem formação acadêmica em História, fez diversos comentários a favor do nazismo, alegando que é "super favorável" a essa ideologia e que "sempre quis ser nazista". 

Um outro membro do grupo o indaga sobre mandar eleitores do PT a uma câmara de gás. Ele responde: "Sem dúvidas, irmão. E eu é que queria ser o cara responsável por expelir o gás".

Leia mais: Vídeo: professora faz saudação nazista durante aula no PR

Ainda durante a troca de mensagens, o professor foi alertado sobre os crimes que estava cometendo, no entanto, ele ignorou os avisos. Na sequência, um dos membros do grupo escreveu que o denunciaria. Outro homem escreveu: "Imaginem um cara desse como professor de história dos filhos de vocês, galera. Disso eu tenho medo".

A Secretaria de Educação informou que o homem não dará mais aulas nesta semana. O afastamento ainda pode ocorrer. Equipes do Núcleo de Prevenção às Violências Escolares foram até a instituição de ensino em que o professor dava aula para ouvir os envolvidos. 

Quatro boletins de ocorrência foram feitos contra o professor entre segunda-feira (31) e terça-feira (1º), segundo o delegado que está à frente do caso, Juliano Bessa. Até o momento, o profissional não foi ouvido. 

Quem faz gestos nazistas pode ser preso pelo crime de racismo, no Brasil, e cumprir pena de reclusão. A punição é resultado da lei 7.716/1989, que tem penalidade específica para uso de símbolos ligados ao nazismo.

Com informações do G1.