O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, investigado por utilizar o cargo para apoiar bloqueios ilegais em rodovias contra o resultado das eleições, teve a aposentadoria concedida pela instituição. De acordo com a decisão, que foi divulgada na edição do Diário Oficial desta sexta-feira (23), a aposentadoria será de forma integral, ou seja, ele continuará recebendo o mesmo salário de quando estava na ativa.
Vasques havia sido exonerado do cargo de diretor-geral por Bolsonaro na terça-feira (20) e, segundo do Diário Oficial, foi aposentado um dia depois, no dia 21. No entanto, a publicação do ato só foi feita sexta-feira.
O ex diretor-geral fazia parte dos quadros da instituição desde 1995 e tem menos de 50 anos. Vasques soma 27 anos de trabalho como policial e entrou na PRF antes da Reforma da Previdência, em 2019. Com isso, a concessão de aposentadoria se baseia na regra antiga, que estipula que homens com 30 anos de contribuição e 20 de atividade policial podem se aposentar independente de idade. Na regra atual, ele teria que ter no mínimo 55 anos, com 30 de contribuição e 25 de atividade policial.
A aposentadoria de Silvinei foi concedida em meio a uma investigação. Ele é réu por improbidade administrativa acusado de pedir votos irregularmente para Bolsonaro antes das eleições.
Além disso, é investigado por causa das barreiras que a PRF montou em rodovias no segundo turno para abordar ônibus com eleitores, descumprindo ordens do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e pela suspeita de omissão diante dos bloqueios ilegais feitos por bolsonaristas radicais que não aceitaram o resultado da votação.
As informações são do G1.