Na noite desta terça-feira (4), o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, voltou a defender a aplicação de ozônio pelo ânus, como forma de tratamento contra Covid-19, em um novo vídeo publicado em sua rede social.
Volnei lamentou que a aplicação retal tenha virado "piada", logo após ter anunciado que poderia adotar o tratamento em pacientes com diagnóstico positivo de coronavírus na cidade, em meio a uma live em uma rede social da prefeitura do município.
"Infelizmente, todo esse esforço em dar mais uma opção de tratamento para a população vem sendo mostrado com escárnio e zombaria. Preocupado apenas em salvar vidas, em proteger a saúde das pessoas, não imaginei que oferecer esse novo tratamento para combater o coronavírus fosse criar uma repercussão tão grande, tantas piadas, memes e manchetes sensacionalistas", relatou o prefeito, que também é médico, no vídeo.
"Como até o momento não há terapia definitiva para a pandemia da Covid-19, todas as iniciativas baseadas em estudos científicos são importantes para auxiliar na busca por tratamento. (...) Quem já passou por isso sabe que diante da doença e da morte a gente recorre a todas as alternativas de prevenção e tratamento para curar quem se ama e eu amo em Itajaí. Por isso, eu vou continuar pesquisando e oferecendo novos tratamentos para a população. (...) Para mim, o mais importante é salvar vidas e vou fazer o que for preciso para isso com responsabilidade e respaldo da comunidade científica", completou Volnei.
Entretanto, o tratamento sugerido por Morastoni não tem eficácia comprovada contra Covid-19. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) encaminhou uma recomendação para que o prefeito não utilize a ozonioterapia contra o coronavírus.
"O efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus (Sars-Cov-2) é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos", disse o promotor Maury Roberto Viviani, em uma nota técnica do Ministério da Saúde.
Com informações; G1.