Três dias após ser encerrada, deixando 28 pessoas mortas em 40 dias, a Operação Escudo foi retomada na Baixada Santista na última sexta-feira, 8. Em quatro dias, pelo menos mais duas pessoas morreram em confrontos com PMs na região, conforme a Secretaria Estadual da Segurança Pública. Durante o feriado prolongado de 7 de Setembro ocorreram ataques a policiais militares na Baixada Santista. Na sexta-feira, 8, o sargento aposentado Gerson Antunes Lima, de 55 anos, morreu ao ser baleado quando estava na frente de sua casa, em São Vicente. Os atiradores estavam em duas motos e conseguiram fugir, segundo a SSP. O policial, que estava inativo desde 2019, chegou a ser levado a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Outros ataques realizados entre sexta-feira e sábado, 9, deixaram mais uma pessoa morta e dois policiais militares baleados - eles permaneciam internados até esta terça-feira, segundo a PM. No domingo, pessoas em motos atiraram contra pelo menos três grupos de pessoas nas ruas, deixando um morto e seis feridos, também segundo a corporação. No mesmo dia em que o sargento aposentado morreu, a Polícia Militar retomou a Operação Escudo, segundo a instituição divulgou na rede social X (ex-Twitter) na noite de segunda-feira, 11. "Desde sexta-feira (08) realizamos uma nova edição da Operação Escudo como pronta resposta aos ataques sofridos aos Policiais Militares na Baixada Santista. A ação visa a identificação dos criminosos envolvidos, bem como enfrentamento ao crime organizado de forma implacável." Em nota enviada ao
Estadãonesta terça-feira, a SSP afirma que "a Operação Escudo é realizada desde janeiro em ocorrências em que policiais são hostilizados, a exemplo dos casos ocorridos em São Vicente, desde a última sexta-feira. As novas ações terão como objetivo a prisão dos criminosos envolvidos nestes casos e é uma ação distinta da última, encerrada no último dia 5". Também segundo a SSP, na manhã de domingo, na Vila Jóquei Clube, em São Vicente, policiais militares realizavam patrulhamento quando se depararam com um homem com uma arma. Ao perceber a chegada dos agentes, ele tentou fugir pelos telhados de várias casas. Com reforço policial e apoio do helicóptero Águia, o suspeito foi localizado dentro de uma casa e, segundo a pasta, apontou a arma para os PMs, que atiraram. Ele foi socorrido, mas morreu. Com o rapaz, que tinha 23 anos, foi apreendido um revólver calibre 38. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e legítima defesa na Delegacia de Polícia de São Vicente, que investiga o caso. Na manhã desta terça-feira, 12, o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, publicou na rede social X que um suposto criminoso morreu ao enfrentar policiais militares na comunidade da Pedreira, no Guarujá. "Criminosos atiraram contra policiais militares na Comunidade da Pedreira, Guarujá. Os policiais saíram ilesos. Um dos criminosos que optou pelo confronto morreu no local. Continuamos na Baixada Santista no enfrentamento ao avanço da criminalidade", publicou o secretário. Em nota, a SSP-SP informou que, na madrugada desta terça-feira, policiais realizavam diligências para apurar a denúncia de que havia uma pessoa armada na região e, ao chegarem à avenida Assis Chateaubriand, no Jardim Virgínia, parte da comunidade da Pedreira, encontraram cinco homens, sendo que dois deles atiraram contra os policiais, que revidaram. Um rapaz de 25 anos foi baleado e morreu. Os demais conseguiram fugiram. Foram apreendidos 91 porções de entorpecentes e um rádio comunicador. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, legítima defesa, homicídio tentado e localização/apreensão de objeto na Delegacia de Polícia de Guarujá.
PoliciamentoA Secretaria da Segurança Pública também informou nesta terça-feira que o policiamento na Baixada Santista segue intensificado por meio da Operação Impacto. "Até o início da Operação Verão, haverá reforço no patrulhamento e continuidade nas ações desencadeadas pelas forças de segurança do estado. Além do efetivo do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep), a região contará com apoio do policiamento do Comando de Choque da capital paulista, além do remanejamento das vagas da Diária Especial Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem) e da PM Ambiental para suprir e manter a segurança para a população da Baixada Santista."