Nesta segunda-feira (26), um estudo, publicado na revista BMC Medicine, indicou que pessoas que tem problemas no coração podem ter um risco menor de ter outro ataque cardíaco, derrame, angina, que é dor no coração por conta das artérias comprimidas, ou morte prematura, se consumirem uma pequena quantidade de álcool diariamente.
"Esta [descoberta] não é para a população em geral - o estudo aplica-se a pessoas que já tiveram algo relacionado à saúde cardiovascular", disse a pesquisadora Emmanuela Gakidou, que é diretora sênior de desenvolvimento organizacional e treinamento do Institute for Health Metrics and Evaluation na Universidade de Washington.
"E o que eles descobriram é que se você continuar a beber depois de um evento cardíaco, não é tão ruim para você, contanto que você mantenha o consumo baixo", disse Gakidou.
Quando comparado com pessoas que não bebem nada, o estudo descobriu que beber até 105 gramas de álcool por semana parecia proteger as pessoas que já tinham sofrido um problema cardíaco de ter outra ocorrência ou uma morte prematura.
Isso é muito menos do que o limite superior de consumo recomendado estabelecido pela Organização Mundial da Saúde para homens e mulheres (166 gramas por semana) ou o limite para homens atualmente recomendado nos Estados Unidos (196 gramas por semana).
"Nossas descobertas sugerem que as pessoas com DCV (doença cardiovascular) podem não precisar parar de beber para prevenir ataques cardíacos adicionais, derrames ou angina, mas que eles podem considerar reduzir sua ingestão semanal de álcool", disse o autor do estudo, Chengyi Ding, um estudante de pós-doutorado na University College London, em um comunicado.
Mas essa descoberta não se aplica a todos, já que o consumo de álcool aumenta o risco de certas doenças como cirrose, tuberculose e câncer e de acidentes e ferimentos relacionados ao álcool, disse Gakidou.
“Se o seu principal risco de saúde é o câncer, então o nível mais seguro de bebida é provavelmente zero”, disse Gakidou. "E se você tem menos de 40 anos ou mais, o nível mais seguro de álcool ainda é zero, porque adultos mais jovens morrem de lesões relacionadas ao álcool em todo o mundo."
Com informações; CNN.