Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, as crises de soluço "podem ser sintomas de inúmeras doenças, de ordem respiratória, digestiva, genital, vascular, psicológica, metabólica ou outras relacionadas ao sistema nervoso central".
O soluço é produzido pela contração involuntária do diafragma (músculo que separa o peito do abdome), seguido pelo fechamento da glote (abertura da laringe), durante a inspiração. As crises têm duração variável e podem durar minutos, horas ou até semanas. Na maioria das vezes o soluço melhora espontaneamente em poucos minutos. No entanto, as crises podem ser sintomas de inúmeras doenças, de ordem respiratória, digestiva, genital, vascular, psicológica, metabólica ou outras relacionadas ao sistema nervoso central.
O soluço pode ter causas psicológicas como ansiedade, tristeza, agonia e depressão Desta forma, o médico deverá atuar com o objetivo de tratar esses problemas, o que irá resultar no fim do soluço.
O que fazer para acabar com o soluço?
O Ministério da saúde divulgou uma lista que orienta o que pode ser feito antes do uso de medicamentos ou outros tipos de tratamento. Mas o próprio órgão reconhece que não há evidências de que essas abordagens funcionem para todo mundo:
- - prender a respiração por um curto período de tempo;
- - beber água gelada;
- - morder um limão ou experimentar vinagre;
- - aproximar os joelhos até o peito e inclinar-se para frente;
- - respirar em um saco de papel sem colocá-lo na cabeça;
- - engolir um pouco de açúcar granulado.
Algumas dessas alternativas estão ligadas ao nível de CO₂ (gás carbônico) no sangue. Quando essa concentração aumenta, ela pode ajudar a contrair o diafragma e acalmar o nervo frênico, interrompendo esse reflexo.
A ingestão de água gelada é associada tanto à mudança de vibração do diafragma quanto a um estímulo do nervo vago, que é ligado à secreção de líquidos digestivos e também afeta o diafragma.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, um susto pode mudar o ritmo da respiração, fazendo com que ele volte ao estado anterior ao soluço. A entrada brusca de ar provoca "um alerta que libera, na corrente sanguínea, um composto químico chamado catecolamina, que é capaz de regular o funcionamento do nervo frênico (responsável pelo processo de inspiração do diafragma)".
O soluço pode ser dividido em três categorias baseadas em sua duração:
- – episódicos: que podem ser causados pela hiperdistensão gástrica (“comer demais”), pela ingestão de bebidas gasosas e aerofagia (mascar chicletes, tabagismo) e insuflação do estômago durante endoscopia;
- – persistentes;
- – intratáveis: que podem levar a efeitos adversos com desfechos graves como desnutrição, perda de peso, insônia, fadiga, estresse mental e prejuízo da qualidade de vida.
Diagnóstico e tratamento:
Soluços episódicos, por serem habituais e por cessarem espontaneamente, não necessitam de avaliação. No caso de soluços persistentes por mais de 48 horas, há necessidade de investigação de alguma causa que se apoia em doenças clínicas. A investigação se inicia por uma entrevista detalhada com o profissional de saúde e por exames complementares, como os de sangue, ressonância magnética, broncoscopia, endoscopia, teste de função pulmonar, entre outros.
IMPORTANTE
Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Fonte: saude.gov.br