Nova variante da covid, a 'Centauro', deixa a OMS em alerta; entenda

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 20/07/2022
De acordo com a OMS, a nova cepa foi identifica pela primeira vez na Índia, em maio deste ano

Durante a pandemia de Covid-19, diversas variantes da doença surgiram e, mesmo agora com boa parte da população mundial vacinada, isso continua a acontecer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em alerta pois há uma nova mutação circulando. 

A BA.2.75, apelidada de "Centauro", é classificada pelos órgãos de saúde como uma variante de "segunda geração", pois se desenvolveu a partir da subvariante BA.2 da Ômicron. 

As autoridades estão rastreando a sublinhagem, que já foi sequenciada geneticamente em 11 países: Índia, Austrália, Japão, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Nova Zelândia, Holanda, Israel, Rússia e Reino Unido. 

De acordo com a OMS, a nova cepa foi identifica pela primeira vez na Índia, em maio deste ano. O sublinhagem é responsável pelo aumento de casos da doença no país.

A BA.2.75 está ultrapassando a variante BA.5, que respondia pela maioria dos casos no território indiano.

Em entrevista ao portal de notícias Stuff, da Nova Zelândia, a virologista Jemma Geoghegan, professora da Universidade de Otago da Nova Zelândia, afirmou que a composição da sublinhagem sugere que ela evoluiu de uma infecção humana persistente.

Sendo assim, pessoas, provavelmente imunocomprometidas, não eliminaram o vírus no período normal de até duas semanas, o que permitiu que ele continuasse sua evolução.

Preocupação

Uma das maiores apreensões dos pesquisadores é a localização das mutações, que pode demonstrar uma possibilidade de a Centauro reinfectar pacientes que já testaram positivo para a antiga cepa dominante, a BA.2. Isso significa que um indivíduo que já se infectou pela subvariante Ômicron (BA.2) pode pegar Covid-19 novamente se entrar em contato com a BA.2.75. 

O Instituto de Saúde Pública da Holanda (RIVM, na sigla em holandês) observou que a variante de segunda geração “parece” ser capaz de escapar mais facilmente da proteção acumulada contra o coronavírus do que outras devido a pequenas mutações específicas.

Ao Stuff, a professora Jemma Geoghegan disse que duas mutações são “particularmente preocupantes”. Uma está relacionada ao potencial de escapar “completamente” dos anticorpos, evitando a proteção imunológica.

A outra parece aumentar a capacidade do vírus de se ligar às células humanas – aumentando a eficiência com que infecta as células.

Com informações do R7.