Uma mulher foi presa em flagrante, na manhã dessa segunda-feira (16), depois de ter matado a própria filha, que tinha apenas 1 ano e 11 meses. O crime ocorreu no último domingo (15), no bairro Coelho Neto, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As informações são do G1.
Segundo as informações de parentes e amigos, a mãe da criança, identificada como Mila Cristina de Oliveira Bolquett, não aceitava que a pequena Anna Lya Vieira dos Santos tivesse contato com o pai. No domingo, durante uma visita, os pais da menina tiveram um desentendimento.
Uma vizinha de Mila concedeu uma entrevista ao G1 e deu detalhes sobre o caso. "Durante a tarde, houve uma confusão porque ela não queria que a criança passasse a tarde com o pai. Uma pessoa interveio e falou que era pra ela deixar ir e tal. A noite a criança voltou dormindo e ela, quando foi pegar a Anna, puxou com tanta força que a menina chegou a bater a cabeça na parede", afirmou Débora Castellar da Silva.
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"Em seguida ela entrou com a criança para casa. Horas depois, ele mandou uma mensagem para um vizinho e ele foi na casa. Chegando lá, a menina estava enrolada em uma coberta e toda roxa, já morta. A Mila escreveu uma carta, que estava ao lado do corpo do bebê", relatou Débora.
Por não aceitar dividir a guarda com o pai, Mila matou a própria filha e, na sequência, tentou se matar. Conforme vizinhos, após cometer o crime, a mulher tomou veneno.
Mila foi socorrida em estado grave e levada ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, também na Zona Norte do Rio. A dona de casa está internada sob custódia.
"O que ela fez foi coisa de monstro. Ela sempre dizia que se o pai conseguisse a guarda da bebê ela se mataria e mataria a criança. Nesta semana, a Justiça do Rio havia marcado uma audiência para tratar da guarda da menina. Além disso, no próximo mês, a bebê completaria 2 anos de idade. Ela não poderia ter feito isso", destacou a vizinha de Mila.
O corpo de Anna foi submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio, e eles apontaram que ela sofreu um traumatismo craniano e asfixia.
Segundo a Polícia Civil (PC), Mila confessou ter matado a filha na carta que escreveu e deixou ao lado do corpo. Porém, as investigações sobre o caso continuam.