Dois homens, de 25 e de 38 anos, foram presos na segunda fase da Operação Viúva Negra, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (29), suspeitos de assassinarem Geves Alves da Silva, em 16 de abril do ano passado.
De acordo com as informações da corporação, a dupla cometeu a execução a mando de Aila Lopes Neves e Stephanie Karoline Silva Vieira – ex-mulher da vítima e uma amiga, respectivamente. Elas, inclusive, foram presas na primeira fase da ação policial, ocorrida em 10 de novembro de 2023.
Apesar da realização de uma primeira operação para prender as mandantes do crime, as autoridades seguiram com as investigações, onde foi possível identificar a dupla responsável - por isso que houve uma segunda fase ação.
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Os autores, ambos moradores de Ipojuca, Pernambuco, e presos na cidade, eram conhecidos de Aila, que os contratou para executar Geves.
Com a colaboração da comparsa, Aila monitorou a rotina da vítima, e, juntas, as duas compraram uma motocicleta em um leilão – veículo usado no crime. Os executores assassinaram Geves após ele sair de um culto, em uma igreja de Ceilândia, no Distrito Federal.
Segundo a Polícia Civil, outras duas mulheres, de 72 e 28 anos, ambas moradoras de São Sebastião, Distrito Federal (DF), foram presas. As autoridades apuraram que elas têm envolvimento com a morte de Geves.
As investigações mostraram que a mulher mais velha seria mãe de santo de Aila e teria recomendado que ela acabasse com a vida do ex-marido, pois Geves supostamente tomaria a guarda do filho do casal. A conselheira espiritual ainda orientou a mandante do homicídio em como vigiar a rotina da vítima e a auxiliou na escolha do melhor momento para a execução do crime.
Já a mulher mais nova, companheira de Stephanie Karoline, é apontada como a responsável por obter a arma de fogo usada pelos mercenários no homicídio. Cada um dos executores teria recebido de Aila cerca de R$ 20 mil para cometer o assassinato, segundo a polícia.
“A motivação por trás do crime estaria relacionada ao alegado temor da ex-mulher da vítima de que ele obtivesse a guarda do filho do casal”, destacou o delegado-chefe da 15ª DP, João Ataliba. Todos os investigados vão responder por homicídio qualificado, cuja pena prevista varia de 12 a 30 anos de prisão.
Com informações do Metrópoles.