Mudança climática letal afetará algumas regiões do Brasil, aponta NASA

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 03/07/2024
As temperaturas devem ficar acima do normal em alguns localidades

De alguns anos para cá, a população mundial observou uma mudança nas tendências climáticas. Um dos acontecimentos mais notados, por exemplo, é a elevação da temperatura média global.

O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (no inglês, Copernicus Climate Change Service) aponta que os valores atingiram recordes por 12 meses seguidos (junho de 2023 a maio de 2024).

No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório que indica que existe 80% de probabilidade de que a temperatura média global anual exceda temporariamente em 1,5°C os níveis pré-industriais durante pelo menos um dos próximos cinco anos. A temperatura média global próxima à superfície deve ser entre 1,1°C e 1,9°C mais alta entre 2024 e 2028, comparada com o período de referência 1850-1900.

- LEIA MAIS: Veja como fica o clima nesta quarta-feira (3) em Apucarana

“A OMM está soando o alarme de que iremos ultrapassar o nível de 1,5°C numa base temporária e com frequência crescente. Já ultrapassamos temporariamente este nível em meses individuais – e de fato em média ao longo dos últimos 12 meses. No entanto, é importante sublinhar que violações temporárias não significam que a meta de 1,5 °C seja permanentemente perdida porque isto se refere ao aquecimento a longo prazo ao longo de décadas”, disse em comunicado a vice-secretária-geral da OMM, Ko Barrett.

Mudança climática letal

A agência governamental Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (no inglês, NASA) divulgou um estudo que mostra quais são as 5 regiões do planeta mais perigosas e propensas a passarem por eventos de calor extremo, tornando inabitável até 2050.

A tolerância máxima de um ser humano a uma temperatura de bulbo úmido é de 35°C por seis horas, porém, a NASA registrou inúmeras ocorrências ultrapassando esse valor, principalmente no Paquistão e no Golfo Pérsico. A temperatura de bulbo úmido é a temperatura que se sente quando a pele está molhada e exposta a elevados níveis de umidade relativa do ar.

📲 Clique aqui e receba nossas notícias pelo WhatsApp ou convide alguém a fazer parte dos nossos grupos

Em condições muito úmidas, o suor tende a evaporar lentamente e, às vezes, nem evapora. Se o corpo não puder esfriar, ele acabará superaquecendo, o que pode provocar problemas respiratórios e cardiovasculares.

Sul da Ásia:

Essa região já está sofrendo com o aquecimento global, visto que algumas áreas ultrapassaram o nível crítico de temperatura do bulbo úmido nos últimos 15 anos. E tais condições tendem a piorar nos próximos 20 anos, expondo milhões de pessoas em risco.

Golfo Pérsico:

A combinação do calor extremo e da alta umidade pode tornar esta região inabitável em alguns anos, uma vez que países localizados no Golfo Pérsico já enfrentam intensas ondas de calor e extensos períodos de seca.

Costa do Mar Vermelho e Leste da China:

Em ambas regiões, o índice de bulbo úmido estará alto demais para sobreviver até 2070. À medida que a temperatura do bulbo úmido se aproxima da sua temperatura interna, você perde a capacidade de se resfriar, provocando mudanças no corpo humano e estresse no sistema cardíaco.

Brasil:

A parte central do país e a região Amazônica tendem a sofrer um aumento drástico na temperatura e umidade até 2070. Nos últimos meses, observamos uma frequência e intensidade maior de eventos de onda de calor, principalmente na região central, além do norte do país, no qual vem sofrendo com uma seca histórica.

Com informações Meteored.