Maria Júlia Fontinele, de 11 anos, teve seu pedido inusitado de Natal atendido. A menina que é moradora da Cidade Ocidental, que fica próxima do Distrito Federa, recebeu do Papai Noel o que havia pedido: um cateterismo. Depois de ter escrito a carta para o bom velhinho, pedindo o procedimento médico, ela foi internada em um hospital particular para dar início ao procedimento.
Maria Júlia tem uma cardiopatia grave, conhecida como síndrome do "meio coração". A criança, que tem apenas 11 anos de idade, já passou por oito cirurgias e há três meses esperava pelo cateterismo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No sábado (12), foi internada no Hospital da Criança, em Goiânia, e realizou os exames exigidos para que o procedimento possa ser feito nesta terça-feira (15).
"Ela está fazendo todos os exames preparatórios. Já fez raio-x, exame de sangue e hoje fará um ecocardiograma e mais um exame de sangue para ver como está a sua coagulação. Se tudo der certo amanhã já faremos o cateterismo", explica a mãe da menina, Arilene Fontinele.
De acordo com a mãe da criança, um cateterismo custo aproximadamente R$ 150 mil na rede particular, mas o procedimento foi doado à menina após a instituição ter conhecimento do caso de Maria Júlia.
Carta ao Papai Noel
Na última semana, uma cartinha escrita pela menina pedindo como presente de Natal o procedimento médico repercutiu nas redes sociais.
"Já fomos muitas vezes em Goiânia fazer o cateterismo, mas já tem mais de três meses que estamos esperando ele sair. Este Natal, meu presente seria esse cateterismo para eu parar de inchar e minhas roupas voltarem a servir", diz trecho da carta escrita pela menina.
O papel escrito a mão foi feito na terça-feira e deixado na árvore de Natal que enfeita a sala da casa da família. O pedido surpreendeu até mesmo a mãe da garota.
"Todos os anos montamos a árvore de Natal e a Maria Julia faz uma cartinha com o pedido de seu presente. Na semana passada, quando cheguei do trabalho, vi que ela havia deixado o pedido deste ano. Quando vi que o que ela queria era o cateterismo meu coração partiu e me senti muito impotente", lembra a mãe.
Surpresa com o pedido, Arilene compartilhou a carta com uma amiga. Sensibilizada com a situação a amiga, pediu permissão para divulgar a carta em um grupo de WhatsApp formado por mães com filhos cardiopatas.
"A carta viralizou entre as mães e ganhou uma proporção que jamais imaginávamos. Até que chegou aos médicos do hospital que ofereceram o procedimento para ela", conta Arilene.
De acordo com Arilene, ela e a filha precisam viajar todas as semanas para Goiânia, a cerca de 200 km, para buscar de atendimento, pois em sua cidade não há tratamento médico adequado.
Com informações; UOL.