A mãe do jogador de futebol Daniel Alves expôs na internet a mulher que acusou seu filho de estupro. Lúcia Alves usou sua conta no Instagram para divulgar imagens da mulher e questionar se ela estaria de fato traumatizada pela violência sexual, já que estaria vivendo "normalmente", participando de festas e eventos com amigos nos últimos meses. O nome da jovem também foi divulgado pela mãe do atleta que marcou época no futebol espanhol vestindo a camisa do Barça.
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Preservada por força de lei, vítimas de crimes como o estupro, tanto no Brasil quanto na Espanha, têm direito a resguardar sua identidade, exceto, claro, nos autos judiciais. O fato repercutiu na imprensa internacional, pois até então, o nome e o rosto da mulher não haviam sido revelados.
ENTENDA
Em dezembro de 2022, Daniel Alves foi acusado de estuprar e agredir sexualmente uma jovem em um banheiro na casa noturna Sutton, em Barcelona. Desde janeiro de 2023, quando foi ouvido pela polícia pela segunda vez e se contradisse, Daniel Alves está em prisão preventiva, sob a alegação de risco de fuga. Ele não tem direito a fiança e seguirá no mesmo presídio, nos arredores de Barcelona, enquanto aguarda o julgamento.
O brasileiro mudou sua versão pelo menos três vezes. Na primeira vez em que falou sobre o caso, em um programa de TV da Espanha, ele afirmou que nem sequer conhecida a denunciante.
Em abril, já preso, ele declarou à juíza responsável pelo caso que manteve relações sexuais consensuais com a jovem sem penetração. Ele argumentou ter mentido em um primeiro momento para ocultar a relação extraconjugal da esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que posteriormente pediu a separação.
Em uma última versão, Alves reconheceu que houve penetração, mas repetiu que a relação foi consensual, o que a suposta vítima nega.
A juíza do caso também determinou que Alves precisará pagar 150 mil euros (cerca de R$ 784 mil) à suposta vítima para cobrir eventuais danos e prejuízos. O valor já foi depositado, em outubro, por sua defesa.
Nas conclusões da investigação prévia ao julgamento, a juíza responsável pelo caso disse entender que as diversas contradições de Alves dão "indícios racionais suficientes" de suspeitas. O julgamento do caso está marcado para 5 de fevereiro.