Lula: Hoje no Brasil, não estávamos 100% preparados para tratar dos incêndios

Autor: Victor Ohana e Sofia Aguiar (via Agência Estado),
terça-feira, 17/09/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil "não estava 100% preparado" para combater as queimadas. A declaração ocorreu em reunião com autoridades dos outros Poderes no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 17, quando se discutiu ações sobre os incêndios.

"O dado concreto é que, hoje, no Brasil, a gente não estava 100% preparado para cuidar dessas coisas. As cidades não estão cuidadas; 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso", afirmou.

Lula continuou: "Os Estados são poucos que têm preparação, que têm defesa civil, que têm bombeiros. Brigadistas, quase ninguém tem".

O presidente afirmou ainda que "a natureza resolveu mostrar as suas garras".

"Ela (a natureza) resolveu nos dar uma lição de dizer o seguinte: olha, ou vocês cuidam corretamente de mim, ou eu não sou obrigada a suportar tanta irresponsabilidade, tanta coisa errada, equivocada, que os humanos estão fazendo", declarou.

Lula afirmou ainda que a reunião com as autoridades servirá como uma revisão sobre o conceito de "questão climática". "Ela (a questão climática no Brasil) está pior do que em qualquer outro momento", afirmou.

Dentre os presentes à reunião no Planalto, foram confirmados o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça), Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), além do vice-presidente Geraldo Alckmin, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, e o vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho.