Infecção por bactéria 'comedora de carne' quase leva mulher à morte

Autor: Da Redação,
sábado, 06/04/2024
Ela teve fasciíte necrosante

Uma australiana de 62 anos teve que realizar 15 cirurgias e ficar um mês em coma induzido para tratar uma infecção silenciosa provocada por bactéria comedora de carne. Carolyn Gower teve fasciíte necrosante, quadro no qual a reprodução das bactérias acontece rapidamente e elas provocam a deterioração dos tecidos musculares.

A condição pode ser causada por seis tipos de bactérias, que são popularmente chamadas de "bactérias comedoras de carne". As regiões do corpo atingidas por elas ficam inchadas e avermelhadas, e, em geral, o paciente sente dores intensas.

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Apesar da gravidade do caso de Carolyn, ela não apresentou sintomas por semanas. Tudo começou quando, no dia 14 de março de 2023, os filhos resolveram ir até a casa dela após a mãe não responder às mensagens de texto. No local, os três filhos a encontraram delirando de febre. A australiana foi levada às pressas para um hospital.

Na unidade de saúde, os médicos detectaram a presença da bactéria comedora de carne no seu peito, no pescoço e nos ombros da mulher. “Minha família foi informada de que sem tratamento urgente eu não teria sobrevivido àquela noite”, relembrou Carolyn, em entrevista à revista That’s Life!.

Antes daquele dia, ela sentia apenas indisposição, caracterizada por calor e sede intensos. Carolyn afirma que não se lembra de nada que tenha acontecido entre o dia 14 de março e o mês seguinte.   

Foto por Facebook/carolyn.johnstone.31
  

Tratamento intenso

Carolyn passou quatro semanas em coma induzido, tomando intensos antibióticos, e fez tratamentos em câmaras hiperbáricas para conter a bactéria. Além disso, foi submetida a 15 cirurgias, incluindo dois enxertos de pele que foram retirados da coxa dela, para reparar a musculatura apodrecida.

Atualmente, ela está passando por um programa de reabilitação com fisioterapia (para a mobilidade da região dos membros superiores), fonoaudiologia (para se recuperar de um mês de traqueostomia) e psicologia (para lidar com o trauma da experiência que ela descreve como uma quase morte).

Fonte: informações Metrópoles.