Implante hormonal é opção para quem busca bem-estar e beleza

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 08/02/2023
Implante hormonal é opção para quem busca bem-estar e beleza

Tratamentos com os chamados “implantes hormonais” não são novidade na medicina, mas têm ganhado destaque nos últimos anos: as buscas na internet por esse assunto explodiram na passagem de 2020 para 2021, mas também voltaram a crescer agora no início de 2023. A popularidade fez, inclusive, um desses tratamentos ganhar o apelido de “chip da beleza”, termo que vem gerando polêmicas e dúvidas. 

O médico pós-graduado em nutrologia Dr. Ícaro Pereira esclarece que o implante é um dispositivo subcutâneo capaz de liberar determinada substância 24h por dia. Essa substância pode ser um medicamento ou hormônio, como a famosa Gestrinona, presente no chamado “chip da beleza”. Outros hormônios como Testosterona, Estradiol, Estriol e substâncias como Metformina, Tadalafila, Anastrozol até mesmo a Vitamina D também podem ser aplicados por esse método. “O implante subcutâneo proporciona conforto ao paciente, uma vez que não é necessário se preocupar em tomar o medicamento, o que melhora a adesão ao tratamento”, afirma o especialista. “É bastante comum o paciente não conseguir usar o remédio com regularidade. Esse problema não existe quando se usa o implante”, completa. 

Dr. Ícaro Pereira explica também que existem dois tipos de implante: os absorvíveis, que têm a duração de até 6 meses, e os não absorvíveis, que duram até 12 meses.

De acordo com o médico, a indicação de uso vai depender da história clínica e  da condição de saúde de cada paciente. “O médico deve selecionar individualmente as substâncias e as quantidades em miligramas necessárias para o tratamento”, ressalta.

Com a estratégia correta, os implantes subcutâneos podem ser utilizados para reposição hormonal e tratamento de doenças como endometriose, mioma, displasia mamária e TPM, além de atuarem em estratégias de emagrecimento, hipertrofia e performance. Os benefícios variam conforme a seleção da substância. “A Testosterona, quando bem indicada, por exemplo, está relacionada à melhora da libido, disposição, qualidade de sono, melhora do humor, aumento de força e ganho de massa muscular. A Gestrinona, por sua vez, apresenta benefícios quando utilizada em doenças relacionadas ao estrogênio”, detalha Dr. Ícaro. ”Estradiol e Estriol, quando utilizados na reposição hormonal, estão relacionados à melhora de sintomas como fogachos e secura vaginal. A Tadalafila pode ser utilizada na disfunção erétil. Já a Metformina pode ajudar no emagrecimento em pacientes com resistência insulínica”, completa. 

O acompanhamento após a colocação do dispositivo exige apenas algumas consultas. Normalmente, é realizada uma avaliação dois meses após o início do tratamento. No caso de implantes absorvíveis, a consulta seguinte ocorre no quinto mês. Já para quem tem implante não absorvível, uma nova consulta ocorre apenas no 11º mês. “Não existe um limite mínimo ou máximo para o uso dos implantes, cabe ao médico avaliar individualmente a necessidade de cada paciente”, acrescenta Dr. Ícaro. 

Em geral, o implante só é contraindicado para mulheres gestantes, lactantes, pacientes com insuficiência cardíaca, renal ou hepática grave, portadores de lúpus eritematoso sistêmico, menores de 18 anos ou pacientes com algum tipo de câncer ativo. O especialista destaca, ainda, a segurança nesse tipo de tratamento. “Sempre digo aos meus pacientes que a diferença entre remédio e veneno é a dose! Cada substância tem seus benefícios e riscos, não é porque é um hormônio que é perigosa”, afirma. “Se for bem indicado, o implante pode mudar a vida do paciente”.