Em 1918, ainda quando bebê, Angelina Friedman sobreviveu a gripe espanhola. Com o decorrer da vida, a senhora venceu um câncer, uma hemorragia interna e sepse. E em abril, a idosa se curou do novo coronavírus, doença que já matou aproximadamente 1,5 milhão de pessoas em todo o planeta.
A idosa, de 102 anos que vive atualmente em Nova York, nos EUA, conseguiu sobreviver a uma segunda infecção da Covid-19, segundo a filha, Joanne Merola.
“Minha mãe invencível testou negativo”, contou Merola.
A reportagem da CNN conversou com o Centro de Enfermagem e Terapia Restaurativa de North Westchester, a casa de repouso onde Friedman mora, mas ainda não recebeu uma resposta.
Em março, ocorreu o primeiro diagnóstico positivo de Angelina após ela ficar em um hospital para uma pequena cirurgia. Ao retornar do lugar, testou positivo para a doença.
Naquela época, a senhora passou uma semana no hospital antes de voltar para o seu quarto, onde ficou de isolamento. Com febre intermitente por algumas semanas, Friedman finalmente recebeu um resultado negativo em 20 de abril, como contou Merola.
No final de outubro, a filha recebeu um telefonema da casa de repouso, “contando que ela tinha testado positivo novamente”.
“Ela tinha sintomas, como febre e tosse seca. Eles pensaram que ela poderia estar com gripe”.
Com mais funcionários e residentes adoecendo, Merola disse que os residentes mais velhos foram colocados em isolamento. A mulher recebeu atualizações diárias sobre sua mãe, até 17 de novembro, quando recebeu a notícia de que Friedman havia recebido um teste negativo.
Um segundo exame apontou resultados negativos e a idosa foi tirada de isolamento e pode retornar ao seu quarto normal.
Mesmo que tenha perdido um pouco da audição e da visão, ela ainda celebra a vida. “Ela bota para quebrar”, celebrou Elba, a administradora, no início deste ano.
Friedman nasceu em 1918 em um barco que transportava imigrantes da Itália, em meio a pandemia da gripe espanhola. A mãe da senhora morreu durante seu parto, e duas irmãs a ajudaram a sobreviver até que pudessem se reunir com seu pai em Nova York. A mulher, de 102 anos, é a última sobrevivente de 11 irmãos.
Angelina Friedman e seu marido, pai de Merola, lutaram contra o câncer ao mesmo tempo, entretanto o homem morreu.
“Ela não é a mais velha a sobreviver à Covid-19”, disse a filha, “mas pode ser a mais velha a sobreviver duas vezes."
Com informações; CNN.