Um homem, que até o momento não foi identificado, foi morto a tiros durante uma abordagem da Polícia Militar na última quarta-feira (20), em Criciúma, Santa Catarina. Circula um vídeo nas redes sociais que mostra o momento em que o indivíduo foi baleado à queima-roupa pelos militares. (Assista abaixo)
A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) se manifestou a respeito do caso e informou que tudo começou quando a corporação recebeu uma denúncia que tratava de um homem que portava uma faca e ameaçava a esposa.
Ainda conforme a corporação, uma equipe se deslocou à residência onde o caso estaria ocorrendo. No local, a polícia tentou realizar uma abordagem ao homem que portava a arma branca, mas ele não acatou às ordens da guarnição.
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Por conta disso, os agentes de segurança dispararam munições não letais de elastômero, conhecidas popularmente como balas de borracha. No entanto, ainda de acordo com a PMSC, o homem ainda não teria atendido à ordem, o que fez os militares usarem arma de fogo para atirar contra ele.
Devido aos ferimentos, o indivíduo morreu no local.
Criança filma abordagem
A tentativa de abordagem dos militares foi filmada por uma criança. Através das imagens que circulam pela internet, é possível ver agentes armados mandando o homem se render. "Abre a porta, mão na cabeça”, fala um dos policiais.
O homem ergue as mãos, uma delas com a faca, e tenta argumentar. Não é possível entender o que ele fala. Os PMs falam para ele deixar a faca.
“Larga, larga, larga”, fala um dos policiais, que em seguida atira.
O homem, ainda com as mãos para cima, se encolhe. A criança que grava sai correndo e, em seguida, mais disparos são ouvidos.
A criança começa a chorar e se ouvem gritos. “A culpa não foi minha”, diz uma mulher. É possível ouvir outro homem falar: “Massacre é de boa?”.
Por fim, a criança se aproxima e filma o homem, já caído no chão.
O que diz a PM?
O tenente-coronel Mário Luiz Silva, comandante da PM na região de Criciúma, conversou com a imprensa sobre o caso. Segundo ele, os militares efetuaram trê tiros com arma não letal, que reprimiram o homem, mas que não o pararam.
Ainda conforme o comandante, o homem investiu contra a guarnição. “O uso da força letal foi tão somente para defender, agindo em legítima defesa própria do policial. Repito, o oponente partiu para cima do policial com uma faca na mão e é evidente que uma faca é uma arma que é uma arma que pode causar a letalidade. Nesse sentido, o policial efetua disparos de arma de fogo. Primeiro disparo na perna e os subsequentes atingem a região do tronco”, disse o tenente-coronel ao ND Mais.
Segundo ele, a conduta dos policiais deve ser investigada, como é de praxe em casos de letalidade policial.
“Sempre que há uma ocorrência policial em que há um resultado morte, sempre que há um confronto, nós instauramos um inquérito policial militar para apurar os fatos, para apurar efetivamente o que aconteceu, para trazer a verdade real dos fatos, inquérito esse conduzido pela corregedoria, e posteriormente encaminhado para o Ministério Público e para o Poder Judiciário”, explicou.
Veja o vídeo: