Os entusiastas da astronomia terão um motivo especial para observar o céu neste fim de semana. A primeira grande paralisação lunar, conhecido como lunistício, poderá ser vista a partir desta sexta-feira (21/6), pela primeira vez em quase 20 anos. A última vez que o fenômeno ocorreu foi em 2006.
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Durante a grande paralisação lunar, a Lua atinge suas posições mais extremas ao norte e ao sul no horizonte, além de suas elevações mais altas e baixas no céu, num ciclo que se repete a cada 18,6 anos.
O evento coincide com o solstício de inverno no Hemisfério Sul e o de verão no Hemisfério Norte. Na sexta-feira, a Lua nascerá no ponto mais nordeste do horizonte e irá se pôr na posição mais a noroeste.
Observação do fenômeno de paralisação lunar
A visibilidade do lunistício será restrita ao Hemisfério Norte. As condições de observação dependerão da localização geográfica e das condições meteorológicas locais. No Brasil, por exemplo, o fenômeno não será visível.
Um dos melhores locais para assistir a este evento será em Stonehenge, na Inglaterra, onde milhares de turistas e cientistas se reunirão para presenciar a sobreposição do solstício de verão com o lunistício.
Stonehenge, com sua estrutura enigmática, atrai não apenas curiosos, mas também pesquisadores que investigam uma possível ligação entre o monumento e os ciclos lunares.
Alguns cientistas acreditam que os construtores de Stonehenge estavam cientes da grande paralisação lunar e que a estrutura de pedra foi alinhada para coincidir com o fenômeno.
Por que o fenômeno lunistício ocorre
A trajetória da Lua possui uma inclinação em relação ao plano da eclíptica, que é o caminho aparente do Sol e dos planetas no céu.
A Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a este plano, enquanto a inclinação da órbita da Lua é de 5,1 graus em relação à eclíptica.
Esta combinação faz com que os pontos de nascimento e pôr da Lua variem até 57 graus ao longo do ano.
Quando a inclinação da Terra e da Lua atinge seus valores máximos, ocorre a grande paralisação lunar, levando a Lua a atingir seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte.
Com informações: Metrópoles