MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

'Gastando dinheiro com imagem que não serve para nada', diz Tarcísio sobre câmeras de PMs

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu mais uma vez nesta quarta-feira, 29, que o novo sistema de câmeras corporais da Polícia Militar atende as diretrizes do Ministério da Justiça e pode reduzir gastos com o armazenamento

Leonardo Zvarick (via Agência Estado)

·
Escrito por Leonardo Zvarick (via Agência Estado)
Publicado em 29.05.2024, 19:50:00 Editado em 29.05.2024, 19:56:01
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu mais uma vez nesta quarta-feira, 29, que o novo sistema de câmeras corporais da Polícia Militar atende as diretrizes do Ministério da Justiça e pode reduzir gastos com o armazenamento de imagens e consumo de bateria. A mudança no programa prevê que os equipamentos serão acionados pelos policiais envolvidos nas ocorrências ou então de maneira remota, dando fim à gravação ininterrupta.

continua após publicidade

"Consome mais bateria e grava muita coisa que não tem interesse para a investigação judicial", disse Tarcísio sobre o atual modelo. "Você está gastando dinheiro para armazenar todo esse cabedal de imagem que no final das contas não serve para nada. Você tem 5% de registro operacional e 95% que não serve para muita coisa."

De acordo com as diretrizes para o uso de câmeras nas fardas policiais estabelecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta terça-feira, 28, os equipamentos devem ser acionados preferencialmente de forma automática e realizar gravações ininterruptamente, mas abre brecha para o acionamento remoto pelas autoridades ou pelo próprio policial durante o serviço - nestes casos, possibilitando a escolha do momento de início e de finalização da gravação.

continua após publicidade

Atualmente, as câmeras usadas pela Polícia Militar de São Paulo funcionam com gravação ininterrupta, mas o governo lançou edital na semana passada para a contratação de novos equipamentos com as duas outras funcionalidades. A decisão foi questionada por especialistas, que apontaram que a possibilidade de os policiais decidirem quando ligar e desligar as câmeras teria efeitos negativos sob o controle do uso da força aplicada pelos agentes nas ocorrências.

"A diretriz do Ministério da Justiça deixa o Estado escolher a forma de acionamento. Ela pode ser ininterrupta, pode ser acionada por agente ou sistema. As três possibilidades estão na diretriz do Ministério da Justiça. A gente não tem interesse de omitir nada, a gente tem interesse em aumentar a segurança do cidadão", defendeu Tarcísio.

Os Estados têm liberdade para definir as próprias diretrizes, mas têm que seguir as regras federais caso queiram financiar a compra dos equipamentos com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública ou do Fundo Penitenciário.

continua após publicidade

Diretrizes do Ministério da Justiça para uso das câmeras policiais Modelos de acionamento:

- automático, quando: a) a gravação é iniciada desde a retirada do equipamento da base até a sua devolução, registrando todo o turno de serviço; ou b) a gravação é configurada para responder a determinadas ações, eventos, sinais específicos ou geolocalização;

- por acionamento remoto: quando a gravação é iniciada, de forma ocasional, por meio do sistema, após decisão da autoridade competente ou se determinada situação exigir o procedimento; ou

continua após publicidade

- por acionamento dos próprios integrantes dos órgãos de segurança pública para preservar sua intimidade ou privacidade durante as pausas e os intervalos de trabalho.

Situações que os equipamentos não podem ser desligados pelos agentes:

continua após publicidade

- No atendimento de ocorrências;

- Nas atividades que demandem atuação ostensiva, seja ordinária, extraordinária ou especializada;

- Na identificação e checagem de bens;

continua após publicidade

- Durante buscas pessoais, veiculares ou domiciliares;

- Ao longo de ações operacionais, inclusive aquelas que envolvam manifestações, controle de distúrbios civis, interdições ou reintegrações de posse;

- No cumprimento de determinações de autoridades policiais ou judiciárias e de mandados judiciais;

continua após publicidade

- Nas perícias externas;

- Nas atividades de fiscalização e vistoria técnica;

continua após publicidade

- Nas ações de busca, salvamento e resgate;

- Nas escoltas de presos;

- Em todas as interações entre policiais e custodiados, dentro ou fora do ambiente prisional;

- Durante as rotinas carcerárias, inclusive no atendimento aos visitantes e advogados;

- Nas intervenções e resolução de crises, motins e rebeliões no sistema prisional;

- Nas situações de oposição à atuação policial, de potencial confronto ou de uso de força física;

- Nos sinistros de trânsito;

- No patrulhamento preventivo e ostensivo ou na execução de diligências de rotina em que ocorram ou possam ocorrer prisões, atos de violência, lesões corporais ou mortes.

Modelos de acionamento:

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: "'Gastando dinheiro com imagem que não serve para nada', diz Tarcísio sobre câmeras de PMs"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!