O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que um dos pilares da condução do Grupo de Trabalho (GT) de Transições Energéticas do G20, coordenado por seu ministério, será a cobrança para que países desenvolvidos cumpram acordo que prevê US$ 100 bilhões por ano para transição energética. "Não teremos transição sem financiamento", afirmou.
Em 2009, durante a COP15 em Copenhague, na Dinamarca, os países ricos prometerem fornecer US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 515 bilhões) por ano em financiamento climático às nações pobres a partir de 2020. Os valores seriam geridos por uma governança global.
"Nem a governança foi criada nem os US$ 100 bilhões, na totalidade, chegam aos fundos climáticos", disse Silveira. Segundo o ministro, os repasses registrados atualmente são inferiores à metade do acordado. "Na condução do G20 eu cobrarei de forma muito rigorosa (o cumprimento do acordo)", disse a jornalistas.
As declarações foram dadas a jornalistas após a participação do ministro na abertura da primeira reunião presencial do GT de Transições Energéticas do G20. Os membros do GT debatem, neste momento, sobre o acesso ao financiamento da transição energética.
"A transição energética só vai trazer resultados concretos se feita de forma global. O carbono não tem fronteira, vivemos em único ecossistema", disse o ministro sobre a responsabilidade que, segundo ele, deve ser abraçada pelos países desenvolvidos.