Com gols de Germán Cano e John Kennedy, o Fluminense venceu o Boca Juniors por 2 a 1 neste sábado (4), no Maracanã, e conquistou o primeiro título de Copa Libertadores da sua história. É uma conquista de redenção para os tricolores, que há 15 anos experimentaram a frustração de um vice-campeonato neste mesmo Maracanã diante da LDU.
Para o goleiro Fábio, também vice-campeão da América (em 2008, com o Cruzeiro), e que aos 43 anos enfim alcançou a glória no torneio continental. E é também uma vitória emblemática para Fernando Diniz.
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Com a conquista, o clube carioca se iguala a Vasco, Corinthians e Atlético-MG entre os brasileiros com uma Libertadores, além de deixar o Botafogo como o único dos grandes cariocas sem esse título. O Flamengo é tricampeão.
APUCARANENSE NA TORCIDA
O secretário de Estado da Saúde e deputado federal licenciado, Beto Preto, que é natural de Apucarana (PR), estava na torcida pelo seu time do coração. Acompanhado pelo filho Pedro, ele assistiu a final no Maracanã e compartilhou diversos registros do jogo no seu perfil oficial no Instagram.
"Dia histórico para o Fluminense e inesquecível para minha vida. Com meu filho Pedro acompanhando nosso tricolor alcançar a glória eterna", escreveu Beto.
Confira abaixo:
O JOGO
O Fluminense foi um time cauteloso nos primeiros 45 minutos. E assim seguiu. Tinha uma proposta: ficar com a bola. Aos 15 minutos, tinha 82% de posse. Fazia o que queria com ela. Não tinha pressa para nada, como disse Ganso em determinado momento para seus companheiros: "calma, calma".
Foi beneficiado nesse enredo pela passividade do Boca, que marcava do meio para trás e não adiantava a marcação por nada. Teve dois contra-ataques mais perigosos antes do gol do Flu. Fernando Diniz mandou seus jogadores controlarem a disputa e foi isso que eles fizeram sob o comando de Ganso e Marcelo, que chorou antes mesmo da conquista. Keno travou boa disputa pela esquerda com Advíncula até ele se mandar para o lado direito e deixar o rival perdido.
Foi pelo lado direito, com Arias também por ali, e bem, que o Fluminense foi mais forte. A jogada de gol nasceu com Keno antes de chegar a Cano. Keno e Cano. Mortais. Em nenhum momento o Boca fez mais para merecer outra sorte. Teve ainda uma cabeçada de Valentini em Ganso, em disputa antes de escanteio na área tricolor, que poderia ter dado cartão para o jogador argentino. O juiz deixou o jogo correr solto.
A bola continuou com o Fluminense no segundo tempo. A vantagem fez o time do Rio ter ainda mais tranquilidade, embora a atenção na marcação passou a ser dobrada. E as divididas também. O Boca teve de sair um pouco mais, tentar ficar com a bola um pouco mais e chutar a gol um pouco mais também. No entanto, não mostrou a fama que carregou para o Maracanã. Melhorou, mas não tanto. Sua torcida, que tomou o Rio de assalto na semana da decisão e fez festa e bagunça na praia de Copacabana, entendeu a dificuldade. Cantou menos. Mas era o Boca e com o Boca não se brinca. O time chegou à final sem ganhar nenhuma partida no mata-mata. Empatou todas.
Cavani e Barco, os craques, foram tímidos e trocados. Numa dessas jogadas de fora da área, Advíncula chutou da esquerda e empatou, mudando tudo. Ele não teve marcação. Foi de longe a melhor jogada do time argentino. O gol aconteceu aos 26 minutos. A disputa era mais perigosa para o Fluminense. O jogo passou a ser brigado. O empate levaria a decisão para a prorrogação. Nos acréscimos, Diogo Barbosa teve a bola do jogo e chutou para fora. Keno pediu e não recebeu.
PRORROGAÇÃO
Mais 30 minutos de bola rolando. Se precisasse, decisão iria para os pênaltis. Foi de Keno a primeira tentativa. Romero pegou fácil. O jogo não tinha mais favorito, principalmente depois das mudanças necessárias de Diniz. Mas era o Boca que estava com a bola e encurralava o time brasileiro. Os pênaltis sempre foram uma boa estratégia para os argentinos por causa do bom goleiro Romero. O Fluminense tinha o contra-ataque. Era o Boca agora que mostrava sua estratégia.
Aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação, no entanto, John Kennedy fez um golaço, 2 a 1, mas ele foi para a mureta do Maracanã se deixar abraçar pela torcida, em festa. Não se deu conta de que já tinha amarelo e recebeu outro pela comemoração. Foi expulso, como manda a regra. Errou. O jogo esquentou, teve tapa na cara e mais um vermelho, desta vez para Fabra.
O segundo tempo da prorrogação foi tenso. Teve uma bola na trave do Boca, de Guga, que não entrou. O Fluminense segurou a vantagem e festejou sua primeira Libertadores.