"Fica calma que é a polícia", disse homem antes de esposa ser morta

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 12/08/2024
Carro em que casal estava bateu na traseira de viatura

Uma mulher morreu após levar um tiro disparado por um policial civil, após um acidente de trânsito no Rio de Janeiro. Elaine Esteves Pereira, 39 anos, foi morta após o carro que ela estava com o marido bater na traseira de um veículo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na Avenida Brasil. O corpo dela foi velado, na manhã desta segunda-feira (12), no Cemitério Parque da Paz, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

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Abalado, o viúvo Carlos André Alves de Almeida, de 48 anos, contou que o casal estava sendo perseguido por outro carro e lembra que chegou a ficar aliviado ao avistar o carro da polícia.

“Eu achei que quando chegou ali a gente estava a salvo desse veículo que estava colidindo com a gente. Falei: ‘Amor, fica calma que é a polícia’. Achei que a polícia era a nossa salvadora, mas o que aconteceu foi uma tragédia maior”, lamentou o viúvo, que lembrou que assim que os disparos pararam a esposa reclamou que estava passando mal.

A mulher ainda conseguiu abrir a porta do carro, se soltar do cinto, mas, segundo o marido, começou a desfalecer no local.

“Ela conseguiu soltar o cinto, abrir a porta, e foi desfalecendo ali no canteiro, ali no barranco”, lembra o marido, que na hora achou que a mulher houvesse desmaiado.

Perseguição

A morte foi na altura de Barros Filho, na Zona Norte do Rio. Elaine e o marido haviam saído de uma festa. No caminho pela Estrada da Água Branca, um homem em outro carro parou ao lado e pediu que encostassem porque o casal teria batido no carro dele.

Carlos André afirma que nem ele nem a mulher perceberam o acidente e que ficaram com medo de parar, às 3h da manhã, e resolveram acelerar.

O outro carro foi atrás e, segundo Carlos André, chegou a bater na traseira deles de propósito. Ao tentar fugir, o marido de Elaine disse ter perdido o controle em uma curva ao chegar na Avenida Brasil. Foi quando bateu no comboio da DH.

Em nota, a Polícia Civil afirma que o carro estava "em fuga" e citou a proximidade com a comunidade de Parada de Lucas. Segundo a polícia, os tiros foram dados para "interromper a investida repentina e violenta". As informações são do G1.