A prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, aprovou um plano de ação apresentado pela empresa de eventos Fazenda Santa Margarida, onde foram registrados casos e mortes por febre maculosa no primeiro semestre deste ano. Segundo o município, os eventos estão liberados com o local sob supervisão da Secretaria Municipal de Saúde. "Importante ressaltar que a área continua de risco para transmissão da febre maculosa, como todas as áreas verdes de Campinas", disse a prefeitura. Conhecido centro de eventos no distrito de Joaquim Egídio, a fazenda foi fechada em junho deste ano depois que quatro pessoas que frequentaram festas no local morreram após contrair a doença. Houve ainda dois casos confirmados em que os pacientes se recuperaram, além de casos suspeitos. A fazenda apresentou um plano de ação em que se obriga a informar clientes, fornecedores e trabalhadores sobre o risco de transmissão e cuidados imediatos no caso de sintomas. Conforme o município, o local continua sendo supervisionado pela Secretaria de Saúde com apoio de outros órgãos da prefeitura envolvidos nas ações de monitoramento e prevenção da doença. Outras medidas que serão adotadas incluem a disponibilização de equipamentos e medidas de proteção individual indicados nas normas técnicas aos trabalhadores da fazenda, além da manutenção do gramado podado junto ao solo, conforme rotina já estabelecida, com a remoção regular de folhas secas nos locais de circulação do público durante os eventos. Além dessas ações, a Fazenda Santa Margarida decidiu, por iniciativa própria, cercar os espaços destinados a eventos e estacionamentos, e delimitar caminhos de pedestres no estacionamento, com pedra brita, até a área de evento, para diminuir a exposição dos frequentadores com a vegetação. Na próxima semana, a fazenda vai divulgar os shows e eventos para 2023 e 2024, que deverão acontecer após a execução das obras preventivas contra a febre maculosa.
Nesta quarta-feira, 23, foi confirmado o óbito de mais uma pessoa em decorrência da febre maculosa em Campinas. Com isso, a cidade agora tem oito casos confirmados da doença, com seis mortes, desde o início do ano. No ano passado, Campinas contabilizou 11 casos e sete óbitos. A nova vítima é um homem de 52 anos que, provavelmente, se infectou no Parque Linear Ribeirão das Pedras, na região da Vila Costa e Silva, próximo ao Parque Dom Pedro Shopping. Os primeiros sintomas foram registrados em 17 de julho e a morte aconteceu quatro dias depois. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), o parque está devidamente sinalizado, com roçagem e placas de alerta à população para que evite contato com a vegetação. "Os frequentadores devem estar atentos às medidas recomendadas, como a inspeção corporal e a observação de sintomas", disse o órgão. O alerta vale para outras áreas de vegetação, mato e pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, habitadas por cavalos e capivaras. Os sintomas aparecem em até 15 dias e incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, vômito, diarreia e, em alguns casos, manchas avermelhadas pelo corpo. Ao apresentar sinais, é preciso procurar rapidamente o serviço de saúde e informar que esteve em locais possivelmente infestados por carrapatos.
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