Exército e PM de SP abrem operação em busca das últimas metralhadoras furtadas de arsenal

Autor: Rayssa Motta (via Agência Estado),
terça-feira, 31/10/2023

O Exército e a Polícia Militar de São Paulo fazem buscas nesta terça-feira, 31, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para tentar encontrar as quatro últimas metralhadoras furtadas, em meados de setembro, do Arsenal de Guerra, em Barueri, na região metropolitana. Ao todo, 21 armadas foram levadas do quartel. A operação conjunta foi autorizada pela Justiça Militar. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em imóveis residenciais em uma comunidade no bairro Jardim Vila Galvão. "A diligência, autorizada pela Justiça Militar, está sendo realizada de maneira integrada por militares da Polícia do Exército, tropa especializada do Comando Militar do Sudeste, e equipes da Polícia Militar do Estado de São Paulo do COE, empregando cerca de 45 militares do Exército e Polícia Militar e oito viaturas especializadas", informou o Comando Militar do Sudeste. Outras 17 metralhadoras já tinham sido recuperadas em outubro. As investigações apontaram que elas foram negociadas com facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sete militares são investigados por participação direta no crime. Eles tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados no inquérito. Outros 17 militares - a maioria oficiais - foram punidos disciplinarmente por falha de conduta ou erro de procedimentos nos processos de fiscalização e controle dos armamentos. O Comando Militar do Sudeste chegou a manter quase 500 militares aquartelados quando começou a apurar o caso internamente.

Armas encontradas

O furto das metralhadoras aconteceu provavelmente entre os dias 5 e 8 de setembro e só foi percebido no dia 10 de outubro. Os ladrões se apossaram de 13 Browning calibre .50 e oito MAGs de calibre 7,62 mm. O primeiro lote furtado foi recuperado na Gardênia Azul, comunidade na zona oeste do Rio ocupada pela milícia, que recentemente se aliou ao Comando Vermelho, maior facção criminosa do Estado. Outras nove armas estavam sendo negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e foram localizadas em uma área de lamaçal em São Roque, no interior de São Paulo.