Um atraso de dois minutos impediu que o médico veterinário Oswaldo Fernandes Costa Junior embarcasse no voo 2283 da Voepass, que saiu de Cascavel, no oeste do Paraná, e caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9). A tragédia matou 58 passageiros e 4 tripulantes.
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"A gente agradece a cada coisa que aconteceu. Aquele semáforo que fechou, aquele telefonema que aconteceu um pouco antes e impediu que a gente chegasse mais cedo, aquele compromisso que a gente demorou um pouco mais, até a vaga para estacionar em frente ao aeroporto, que foi um pouco dificultosa para encontrar... Essa somatória de coisas levaram a apenas 2 minutos de atraso. O check-in encerra pelo sistema da Voepass às 10h40 e eu cheguei exatamente 10h42. Morreram 58 passageiros, eu seria o número 59", relata.
A aeronave tinha como destino Guarulhos, em São Paulo. Estavam a bordo 62 pessoas, sendo 4 tripulantes. Ninguém sobreviveu.
Em entrevista publicada pelo G1, o Oswaldo contou que ficou frustrado por perder o compromisso. Ele voltou para casa para desfazer as malas e descobriu pela TV que o avião havia caído. "Chorei, só chorei sem parar. Abracei muito minha filha, agradeci muito a Deus por estar aqui", disse.
O veterinário também se solidarizou com os familiares das vítimas. "Que Deus conforte muito, que abençoe muito, todas as famílias. É muito triste. A gente se coloca no lugar deles. São sonhos, vidas ceifadas", lamentou.
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