Especialista orofacial João Marcos Mattos afirma que pesquisas recentes apontam tratamento de DTM com o uso de Células Tronco

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 29/07/2020
Especialista orofacial João Marcos Mattos afirma que pesquisas recentes apontam tratamento de DTM com o uso de Células Tronco

Estresse, ansiedade e eventos negativos foram identificados como os preditores das Disfunções Temporomandibulares - disfunção na região dos músculos mastigatórios e conjuntos de tecidos associados, que provocam dores orofaciais e dores de cabeça, estalos e travamentos na mandíbula, como apontou o OPPERA, principal estudo realizado sobre a temática.

Isso ocorre devido a desregulação do sistema de estresse como hiperatividade do SNS e hiposecreção de cortisol. Resultados similares ocorreram em pacientes que possuem síndromes dolorosas crônicas como fibromialgia e síndrome da fadiga crônica, as quais apresentam grande similaridade da DTM.

A avalanche de notícias que alteraram o cotidiano das pessoas devido a pandemia provocou aumento das disfunções da articulação temporomandibular, devido a ativação do sistema límbico do cérebro, responsável pela reação e controle das emoções. A notícia positiva é que as novas tecnologias tem se demonstrado grandes aliadas no tratamento das DTMs, com resultados bastante otimistas que proporcionam qualidade de vida para as pessoas.

O especialista em DTM, doutor João Marcos Mattos, aponta como destaque os aparelhos tecnológicos que facilitam o diagnóstico preciso, diminuindo as subjetividades do exame manual, como o uso de sensores que registram a precisão da pressão da oclusão estática e dinâmica, uso de scanners digitais que permitem a observação completa da estrutura dentária e óssea da face, eletromiografia que permite verificar a função muscular e membrana para uma avaliação completa da qualidade motora por meio da contração muscular. A notícia bastante otimista e mais atual é a pesquisa do uso de células troncos para o tratamentos das disfunções temporomandibulares.

As causas dos distúrbios da ATM são multifatoriais e, na atualidade, os tratamentos mais realizados nos casos de degeneração da cartilagem são intervenções cirúrgicas, artroscopias e colocação de prótese. Mas, como explica o especialista são tratamentos terapêuticos limitados, e o sucesso da regeneração funcional e estrutural é um desafio, pois a ATM possui um dos tecidos mais difíceis de se regenerar devido à sua capacidade de cicatrização limitada e suas propriedades histológicas e estruturais únicas. A ATM necessita de prevenção a longo prazo de suas adesões ossificadas ou fibrosas, relata o doutor.

"A chave para essa regeneração complexa é a funcionalização por moléculas ativas. Essa regeneração pode ser otimizada pela funcionalização nano/microassistida e por sistemas de distribuição de drogas espaço-temporais, orquestrando a formação 3D dos tecidos da ATM. Estudos recentes vêm demonstrando o sucesso dessa terapia nas regenerações da ATM. O uso de células troncos tem demonstrado resultados bastante otimistas para essa patologia."

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