Uma equipe de reportagem da TV Centro América, afiliada da Globo, foi agredida por um fazendeiro no momento em que produzia material para o "Globo Rural" sobre combate a incêndios em algodoeiras próximas ao município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. O caso ocorreu na quarta-feira (21) e foi confirmado ao Splash UOL.
A agressão aconteceu quando Bruno Motta, que estava acompanhado do repórter cinematográfico Alexandre Perassoli, gravava em frente a uma algodoeira que havia sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 17 milhões devido a incêndios.
O repórter informou que pediu autorização para gravar dentro da propriedade, mas teve o pedido negado. Então, a equipe se dirigiu para uma rodovia fora dos limites da fazenda para iniciar as gravações.
Entretanto, durante a realização do trabalho, Bruno e Alexandre foram surpreendidos pelo proprietário da propriedade rural, que, de acordo com o repórter, chegou a tomar o celular de suas mãos e o segurou pelo colarinho da camisa.
"Fomos ameaçados. Ele fazia uma encenação como se fosse tirar algo das costas, e falou que nos buscaria em casa caso o material fosse veiculado. Em determinado momento me puxou pelo colarinho, pegou o celular da emissora das minhas mãos e não queria devolver. Não deixava nem a gente ir embora. Tentamos manter a calma para que ele também se acalmasse", disse Bruno em uma entrevista ao Splash UOL.
Segundo o repórter, a equipe da afiliada da Globo procurou a delegacia de Lucas do Rio Verde. O caso foi registrado como ameaça e preservação de direito.
A reportagem produzida pela equipe seria veiculada nos programas "+ Agro" (local) e para o "Globo Rural" (nacional). A intenção da reportagem era mostrar a estrutura de combate a incêndio das algodoeiras e o que estão fazendo durante esse tempo seco.