Empresa é investiga por vender produtos afetados pelas enchentes no RS

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 28/06/2024
A Vigilância Sanitária encontrou diversos produtos no local

A Polícia Civil desencadeou uma operação que mira uma empresa de limpeza de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. A ação, realizada na manhã desta sexta-feira (28), investiga a possibilidade do estabelecimento ter recondicionado produtos atingidos pelas enchentes que assolaram o estado gaúcho para venda. 

Conforme apurado pelas autoridades, a empresa atuou na limpeza de áreas da cidade que alagaram, deveria recolher e descartar os produtos de estabelecimentos comerciais que alagaram. Contudo, decidiu vendê-los. 

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A Vigilância Sanitária também participou da operação e, durante a ação, encontrou alimentos, bebidas e itens de higiene postos à venda. 

"São muitos alimentos e o mais grave é que são alimentos que foram recolhidos do lixo. Na verdade, os alimentos, tudo indica que eles foram recolhidos da reciclagem, do que os comércios descartaram. Eles foram recolhidos para aquele depósito onde foi feita a limpeza e seria colocado novamente a venda para a população. Provavelmente, seria trazido para cá, seria colocado à venda para a comunidade, que é uma comunidade carente e, muitas vezes, provavelmente também vai ser distribuído para outros pequenos comércios locais ou até de outros bairros da cidade", diz Rafael Gonçalves, diretor do Procon Porto Alegre, em entrevista à RBS TV.

Além disso, os produtos teriam sido contaminados pela água suja e são impróprios para consumo.

"Os produtos que entraram em contato com as águas das enchentes possuem um alto risco de contaminação, sendo impróprios ao consumo humano, já que podem ocasionar inúmeros males à saúde dos consumidores", afirma a delegada Cristiane Becker, responsável pela investigação.

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A Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços relacionados com a empresa. Os proprietários devem responder por crime contra as relações de consumo, com pena de até 5 anos de prisão em caso de condenação.

Com informações do G1.