'Doença X' pode gerar nova pandemia e ser mais letal que a Covid-19

Autor: Da Redação,
domingo, 17/01/2021
'Doença X' pode gerar nova pandemia e ser mais letal que a Covid-19

Caso venha a surgir uma próxima pandemia, ela pode ser muito mais contagiosa e letal que a do novo coronavírus, a qual já tirou a vida de mais de 200 mil pessoas no Brasil e 2 milhões no mundo todo. É o que avisa o microbiologista congolês Jean-Jacques Muyembe Tamfum, um dos médicos que ajudou a descobrir o vírus ebola, no Congo, em 1976, e que continua pesquisando sobre o tema. 

O surgimento de uma nova enfermidade é chamado pelos cientistas de “Doença X”. É um conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) para algo inesperado ou desconhecido que ainda pode aparecer.  A 'Doença X' pode se tratar de uma bactéria ou vírus que pode surgir e causar uma infeção generalizada. A OMS incluiu-a na sua lista de agentes patogénicos que ameaçam a saúde mundial. 

"Estamos agora em um mundo onde novos patógenos surgirão. E é isso que constitui uma ameaça à humanidade”, afirmou o pesquisador à CNN. Tamfum acredita que um novo patógeno seguirá o mesmo padrão de transmissão de outros já encontrados, passando de um animal silvestre para os seres humanos. É o caso da própria Covid-19, além da febre amarela, várias formas de gripe, raiva, brucelose e doença de Lyme.

O pesquisador explica que doenças com esse modo de transmissão são chamadas de zoonóticas, isto é, vetorizadas por animais. Segundo o alerta do especialista sobre as enfermidades, a questão não é “se”, mas “quando” aparecerão. 

O aparecimento cada vez menos raro de doenças zoonóticas, segundo Tamfum, é resultado da destruição do habitat natural das mais diversas espécies pelo mundo, sobretudo, os de predadores de ratos, morcegos e insetos. 

Com a convivência com os humanos cada vez maior dessas espécies, o perigo de elas se tornarem um vetor de transmissão de doenças é cada vez maior. 

Foi a partir dessa relação entre o homem e os animais, de acordo a CNN, que o pesquisador descobriu o ebola, nos anos 1970. O índice de letalidade do vírus descoberto na África é de aproximadamente 88% entre os pacientes e 80% entre os profissionais de saúde. 

Com informações da CNN Brasil