O jornal Folha de S.Paulo teve acesso a documentos da CPI da Covid e, conforme esses relatórios, o governo federal ignorou, pelo menos, dez e-mails enviados pela farmacêutica norte americana Pfizer a respeito das vacinas.
As mensagens foram entregues pela empresa à CPI em caráter sigiloso e mostram a insistência da farmacêutica para negociar vacinas contra o novo coronavírus com o governo brasileiro e a ausência de respostas do Ministério da Saúde.
Os e-mails foram enviados entre os dias 14 de agosto e 12 de setembro de 2020, ainda durante a gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.
Ainda segundo o jornal, a primeira oferta da Pfizer foi realizada em 14 de agosto, de 30 milhões e 70 milhões de doses, e tinha validade até o dia 29 daquele mês. Após o primeiro contato, a empresa ainda enviou e-mails por três dias cobrando uma resposta, até que uma representante da empresa telefonou para uma técnica da Secretaria de Ciência, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Nesse período, a farmacêutica entrou em contato várias vezes com o governo brasileiro, por e-mail e por telefone, exigindo uma resposta do Ministério da Saúde sobre a aquisição dos imunizantes. Após o vencimento da primeira proposta, a empresa fez novos contatos com o ministério se colocando à disposição para reunião sobre o andamento dos estudos da vacina, e dizendo que a Pfizer já havia fechado acordo com os Estados Unidos para fornecimento do imunizante, de modo que a celeridade nas negociações seria crucial, uma vez que havia um número limitado de doses em 2020.
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