Nesta sexta-feira (12), foram divulgados dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que revelam uma extensão de 8.590 km² desmatados na Amazônia Legal, de agosto de 2021 a julho deste ano.
Esse é o quarto maior índice da série histórica.
Conforme as informações, entre os estados que mais desmataram ilegalmente, está o Pará com um registro de 3.072 km² de destruição (35,7% do total). Ele é seguido pelo Amazonas, com 2.292 km² (26,7% do total).
Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, afirma que o percentual é "mais um número que estarrece, mas não surpreende”.
“O desmatamento fora de controle na Amazônia resulta de uma estratégia meticulosa e muito bem implementada de Bolsonaro e seus generais para desmontar a governança socioambiental no Brasil”, pontua Astrini.
“O que chamou atenção nos sobrevoos que realizamos neste último ano, além do avanço do desmatamento, é a quantidade de grandes áreas desmatadas em terras públicas não destinadas, em propriedades privadas e até mesmo em áreas protegidas”, explica.
Segundo o secretário, essa observação reitera que o desmatamento da Amazônia não é fruto da pobreza ou de pessoas em situação de grande vulnerabilidade. “Trata-se de esquema organizado, patrocinado por grandes proprietários e grileiros de terra que sentem-se protegidos pelo derretimento das políticas de proteção ambiental e combate ao desmatamento que ocorreram nos últimos anos”, acusa Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.
Fonte: Informações do Metrópoles.