Um casal encontrou um artefato de guerra durante uma pescaria no último domingo (10) no Rio Grande, em Delta, Minas Gerais. Tudo parecia normal até o pescador, que preferiu não se identificar, se deparar com um objeto curioso em meio ao barro e decidiu levá-lo para casa, em Uberaba.
Em uma entrevista ao G1, o homem deu detalhes de como encontrou o objeto. “Eu estava pescando e vi esse artefato no barranco, coberto por barro mesmo. A ponta estava aberta, então pensei que estava estourado. Pensei até que podia ser algo de colecionador, é uma coisa diferente, e levei para casa”, detalhou.
Já em casa, o pescador e sua esposa ficaram curiosos sobre o que poderia ser o item encontrado. Eles pesquisaram a respeito do objeto e, então, tiveram uma surpresa.
"Quando fui pesquisar o que era e avisei para a polícia, me explicaram que poderia não estar detonado totalmente. Era uma bomba de fragmentação”.
“Quando eu descobri o que era não quis nem mais encostar naquilo”, completou.
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Mas, afinal, o que era?
Assim que uma equipe da PM chegou ao local, foi confirmado que se tratava de um explosivo. Os moradores foram instruídos a deixar o imóvel.
Militares do 36º BIMec de Uberlândia foram para Uberada recolher o item. "É uma granada de morteiro de 81 mm usada na Guerra Constitucionalista de 1932. Nossa região foi palco desse conflito, principalmente a região limite entre Minas Gerais e São Paulo, próximo ao Rio Grande", explicou ao g1 o setor de Relações Públicas do 36º Bimec.
ENTENDA: A Revolução Constitucionalista foi um movimento armado liderado pelo Estado de São Paulo com o objetivo de retomar o poder democrático e a promulgação de uma nova Constituição, depois que Getúlio Vargas tomou o governo em 1930 e tirou a hegemonia paulista e mineira.
Ainda segundo o Exército, apesar de antigo, havia o risco de o artefato explodir e ferir o casal.
"Qualquer cidadão que encontrar um artefato explosivo não deverá tocar no material. Deverá de imediato contatar um Órgão de Segurança Pública que irá acionar o órgão competente pra realizar os procedimentos de destruição do artefato explosivo", orientou a corporação.
O objeto foi levado para a área militar do Tiro de Guerra de Uberaba, onde foi detonado com segurança pelo Grupo Antibombas da Polícia Federal.
Com informações do G1.