Brasil registra primeiros casos da variante indiana da covid

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 20/05/2021
Brasil registra primeiros casos da variante indiana da covid

Na manhã desta quinta-feira (20), o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, e o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) confirmaram a informação de que há novos casos da variante indiana da Covid-19 no estado.  

Os infectados chegaram ao Brasil a bordo do navio MV Shandong da Zhi, no litoral do Maranhão. De acordo com o secretário, dos seis contaminados, um necessitou ser levado de helicóptero para um hospital no dia 13 de maio. 

De acordo com o secretário, foi possível fazer o estudo genômico de 6 das 15 amostras estudadas. Em todas as 6 amostras foram confirmadas a cepa indiana. Por conta disso, a tripulação se encontra isolada e o navio, que não tem permissão para atracar na costa do Maranhão, continuará ancorado. Conforme o secretário, 100 pessoas que tiveram contato com esses tripulantes serão testadas, acompanhadas e isoladas.

"A variante já estava presente em 51 países e aqui na América do Sul só estava presente na Argentina. O Brasil acaba sendo o segundo país da América do Sul com confirmação da cepa", disse o secretário.

Estes são os primeiros casos da cepa indiana no Brasil.  

Variante indiana

A variante indiana B.1.617 possui três versões, com pequenas diferenças (B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3), descobertas entre outubro e dezembro de 2020. As três versões apresentam mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Maior transmissão

Uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicada em 9 de maio diz que a piora da pandemia na Índia tem uma série de fatores, "incluindo a proporção de casos provocados por variantes com maior transmissibilidade".

Mas o relatório também aponta outros ingredientes fundamentais para a crise sanitária no país, "como aglomerações relacionadas a eventos religiosos e políticos e a redução da aderência às medidas preventivas de saúde pública e sociais", como o uso de máscaras e o distanciamento físico.

Fonte: G1.