Equipes de resgate de Belo Horizonte, Minas Gerais, foram mobilizadas para encontrar e capturar uma serpente exótica em Carbonita, na manhã desse domingo (19). De acordo com as autoridades, trata-se de uma cobra píton, nativa da Ásia e África, que mede aproximadamente 2,50 metros.
Eles a acharam em uma pequena caverna, em um local de difícil acesso, às margens do Rio Araçuaí.
As buscas pelo réptil se iniciaram após ele ser flagrado há cerca de duas semanas por moradores. Eles fizeram imagens dela e isso chegou ao conhecimento das autoridades, que rapidamente se organizaram para achar a cobra.
As equipes chegaram na manhã de sábado (18) em Carbonita e, após quase um dia de buscas, localizaram a píton. Além disso, uma análise minuciosa foi feita na região onde a serpente estava, a fim de saber se ela deixou algum ovo, porém nada foi encontrado.
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O animal foi encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), do Ibama, na capital mineira.
As autoridades se mobilizaram para retirar a píton da natureza porque ela apresenta um grande risco ao meio ambiente. Essa espécie não é venenosa, porém, segundo o jornalista, ambientalista e membro do Instituto Grande Sertão (IGS), Eduardo Gomes, ela não tem um predador natural, o que pode causar um desiquilíbrio.
"Ela causa um desequilíbrio ecológico no ambiente em que está. E ela tem uma facilidade grande de procriar. Inclusive, algumas dessas serpentes procriam sem a necessidade de cruzamento. Então ela pode procriar sem precisar ter outra", explicou Eduardo.
Ainda conforme o especialista, esses animais, os quais são da família Pythonidae, são exóticos, ou seja, não ocorrem naturalmente no Brasil.
Essas cobras matam suas presas por constrição, assim como fazem as sucuris e jiboias. Elas se enrolam ao redor do corpo da vítima de modo a impedir o fluxo sanguíneo, causando parada cardíaca. Se alimentam de diferentes espécies como mamíferos, peixes, aves e roedores.
Com informações do G1.