O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por ter estuprado uma grávida durante uma cesárea, é réu em um processo por erro médico.
O caso foi movido por uma mulher que teve dois diagnósticos equivocados, um deles de Giovanni, até ser atendida no Hospital de Irajá, na Zona Norte, e ser diagnosticada com H1N1 (gripe suína). Por causa da doença, ela perdeu o dedão do pé direito e chegou a passar 23 dias em coma. A vítima pede indenização por danos morais.
O caso foi registrado em 2018, quando a mulher procurou por atendimento no Hospital Mario Lioni, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Ela estava com "delírios, calafrios, dificuldade na respiração, com falta de ar, tossindo muito e tonrura".
O primeiro diagnóstico foi de infecção urinária. A equipe de enfermagem alertou à médica que fez o primeiro atendimento que outros exames deveriam ser realizados para descartar um caso mais grave, porém os remédios para infecção urinária foram ministrados, e a paciente recebeu alta.
No entanto, o estado de saúde da mulher piorou. Então, ele voltou à unidade de saúde, onde foi atendida por Giovanni.
De acordo com o processo, Giovanni reforçou o diagnóstico de infecção e disse que a paciente estaria com "ansiedade, e que seu estado físico estava bem".
Naquele momento, os sintomas pioraram e a mulher passou a sentir "fortes dores de cabeça, dores nas costas, tosse com sangue e intensa falta de ar e dor no pulmão".
Quando foi levada a um terceiro profissional de saúde, um cardiologista, o quadro da vítima piorou: "enorme falta de ar, chegou a ter sua visão afetada, em virtude da falta de oxigenação para a córnea, causando cegueira momentânea, tossindo catarro com sangue, de espessura grossa e de grande volume, afetando seu raciocínio, mobilidade motora, pressão elevada, dormência e desorientação no tempo e espaço".
Na quarta ida ao médico, já no Hospital de Irajá, foi constatada uma pneumonia severa, com apenas 25% dos pulmões em funcionamento.
A paciente foi diagnosticada como portadora do vírus H1N1. Ela ficou em coma por 23 dias, devido a uma trombose por falta de fluxo sanguíneo.
O anestesista responde ao processo por erro médico junto com o Hospital Mario Lioni e outros três profissionais.
Ele nunca apresentou defesa nos autos do processo.
Com informações do g1.