Às 14h46 (horário local) desta quarta-feira (11), uma sirene soou para marcar o exato momento em que ocorreu o terremoto, seguido de tsunami, no Japão em 2011. Japoneses em todo o país fizeram um minuto de silêncio para homenagear as milhares de mortes de nove anos atrás, quando um grande terremoto provocou um tsunami e um acidente nuclear no Nordeste do país, na Usina de Fukushima.
O desastre deixou 18.428 mortos ou desaparecidos, incluindo Maki, a única filha da família Okubo.
A mulher, de 27 anos, foi levada pelo tsunami. No verão passado, parte de seus restos mortais foi finalmente encontrada ao largo da costa da província de Miyagi. O pai de Maki, Mitsuo Okubo, disse: "Este ano é diferente. Podemos sentir a presença de minha filha próxima de nós".
Mais 3.739 pessoas morreram nos anos que se seguiram ao terremoto de magnitude 9 na escala Richter. O tremor gerou um tsunami com mais de 10 metros de altura e provocou aquele que é considerado o pior acidente nuclear desde Chernobyl.
O 11 de março marca o acidente na Usina Nuclear Fukushima 1, que sofreu três derretimentos.
Milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por causa da radiação. Quase uma década depois, diversos municípios permanecem bloqueados. Quase 48 mil pessoas ainda não conseguiram voltar para casa.
A vida foi retomada em certas comunidades. Uma ordem de evacuação foi parcialmente suspensa nesta semana para uma pequena área de uma localidade próxima à usina nuclear danificada.
Um morador diz: "Somente três de 60 famílias em minha vizinhança retornaram e todas elas são pessoas com mais de 70 anos. Eu quero que todos retornem."
No entanto, não se sabe quanto tempo vai levar para que isso ocorra. Os esforços de recuperação ainda estão longe de serem concluídos.
Um dos maiores desafios é o que fazer com mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada, estocadas na Usina Fukushima 1. A água era empregada para esfriar o combustível derretido no interior dos reatores destruídos. Cerca de 170 toneladas são produzidas diariamente, e o governo ainda não decidiu como vai descartá-las.