Nove das dez cidades com maiores saldos de emprego no Paraná em 2019 registraram evoluções significativas no mercado de trabalho em relação a 2018, segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Curitiba, Maringá, São José dos Pinhais, Cascavel, Pato Branco, Fazenda Rio Grande, Cornélio Procópio, Pinhais, Foz do Iguaçu e Toledo foram as cidades paranaenses com maiores saldos absolutos. Elas responderam, juntas, por 36.603 novos empregos em todo o ano no Estado.
Nove desses municípios oscilaram positivamente entre um ano e outro na balança de contratações e demissões e apenas Foz do Iguaçu sofreu impacto negativo no comparativo dos dois anos.
Se observados apenas os municípios com maiores saldos de emprego, os crescimentos mais significativos foram registrados em Pato Branco (mais de 3.000%, levando em consideração o balanço negativo de 2018), Toledo (1.280%), Cornélio Procópio (1.049%), Pinhais (377,9%) e Fazenda Rio Grande (96,2%). Cascavel e Maringá evoluíram 76,4% e 22,4% respectivamente.
Segundo o Caged, das 60 cidades paranaenses com mais de 30 mil habitantes, apenas oito registraram indicadores negativos em 2019. Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, esses números mostram que o Estado conseguiu crescer regularmente no ano passado em todas as regiões. “Estivemos entre os maiores empregadores do País, mas o mais importante foi o crescimento orgânico em diversas áreas: construção civil, comércio, indústria de transformação e serviços”, afirmou o governador.
Suelen Glinski, economista do Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), diz que a geração de empregos formais foi alavancada nos centros urbanos, na Região Metropolitana de Curitiba e em cidades em franca expansão no interior. “Comércio e serviço foram os maiores empregadores, mas um destaque é a construção civil, que voltou a contratar”, explicou. “Esse foi um setor impulsionado por investimentos privados, obras de longo prazo, com tendência de manutenção dos empregos nos próximos meses, e investimentos públicos em rodovias, saneamento e infraestrutura”.
CRESCIMENTO - Pato Branco, no Sudoeste do Estado, recuperou patamar de empregabilidade de 2017 e registrou evolução principalmente na construção civil (saldo de 754 novas vagas). Sozinha, a cidade de pouco mais de 80 mil habitantes respondeu por 12,4% de todo o balanço positivo do Estado (6.036) nesse setor. A recuperação do mercado imobiliário foi um dos principais indicadores da melhora no emprego em 2019.
Toledo, na região Oeste, cresceu em decorrência dos investimentos da indústria de transformação (411) e do setor de serviços (539), que engloba hotelaria, educação, saúde e atividades financeiras. Mesmo o setor agropecuário apresentou alta na cidade (79 novos empregos), em contraste com os índices estaduais. Toledo é a maior produtora da suinocultura do Paraná.
Cornélio Procópio, no Norte, alcançou saldo superior a mil vagas abertas pela primeira vez na sua história. O crescimento na cidade também foi puxado pelo setor de serviços (859 novas vagas).
Outras grandes cidades apresentaram evoluções significativas nos saldos nos doze meses de 2019 no comparativo com o mesmo período de 2018, como Campo Largo, Londrina, Colombo, Francisco Beltrão, Rolândia, Umuarama, Arapongas e Mandaguari. Na contramão, Guarapuava, Ponta Grossa, Campo Mourão, Almirante Tamandaré, Cianorte, Irati, Jaguariaíva e Palmas oscilaram negativamente entre 2018 e 2019.
ADMISSIBILIDADE - Curitiba, Maringá, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Toledo e Pinhais também estiveram entre as dez cidades que mais empregaram no Estado em 2019, junto de Londrina, Ponta Grossa e Colombo. Esse índice mede exclusivamente os admitidos e é importante para o termômetro da economia. As contratações variam de 342.158 em Curitiba a 18.942 em Colombo, e todos eles encerram com saldos positivos.
Segundo o Caged, 121 das 399 cidades do Paraná contrataram pelo menos mil pessoas em 2019. Mesmo cidades pequenas como Altônia, Nova Aurora e Salto do Lontra entraram nesse índice. Os municípios que mais contrataram foram Curitiba, Maringá, Londrina, Cascavel, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Toledo, Pinhais, Colombo, Araucária, Guarapuava, Pato Branco, Arapongas, Apucarana, Paranaguá, Umuarama, Campo Largo e Francisco Beltrão, todos com pelo menos 10 mil novos empregos.
“O Paraná vive um novo clima, é um Estado parceiro dos empresários e de quem quer investir. Estamos gerando empregos também por meio do trabalho proativo das Agências do Trabalhador, ajudando o paranaense a conquistar uma vaga na iniciativa privada com maior rapidez”, acrescentou o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost.
SALDO ESTADUAL - O Paraná encerrou 2019 como um dos quatro Estados que mais geraram emprego no País. O índice geral foi o melhor dos últimos seis anos, com crescimento de 24,28% em relação a 2018. O Estado também fechou o ano com o quarto maior estoque de carteiras assinadas do País, com 2.655.253 de pessoas empregadas.
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Curitiba tem o melhor desempenho em sete anos
Curitiba fechou 2019 com saldo de 19.325 novos postos de trabalhos, melhor desempenho dos últimos sete anos e crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2018, com 13.681 empregos. Dentre todos os 5.570 municípios brasileiros, Curitiba ficou na 3ª colocação em geração de postos de trabalho, atrás apenas de Belo Horizonte (22.703) e São Paulo (80.831).
O comércio cresceu 325% no município em 2019, no comparativo de 4.272 novas vagas no ano passado contra saldo de 1.003 em 2018. O setor de serviços e a construção civil também apontaram crescimento regular durante todo o ano, encerrando o ano em alta.
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Evolução do emprego em 2019 em relação a 2018 nos municípios com maiores saldos
Curitiba – 19.325 x 13.681Maringá - 3.781 x 3.090São José dos Pinhais - 3.158 x 3.122Cascavel – 2.265 x 1.284Pato Branco - 2.159 x -73Fazenda Rio Grande - 1.381 x 704Cornélio Procópio - 1.161 x 101Pinhais - 1.134 x - 408Foz do Iguaçu - 1.121 x 2.620 (única oscilação negativa)Toledo - 1.118 x 81.