A educação como mecanismo de enfrentamento da violência. Este foi o ponto principal debatido durante o Seminário de Políticas em Defesa da Mulher, realizado nesta segunda-feira (25), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná. O debate, proposto pela Procuradoria da Mulher da Assembleia, comandada pela deputada Cristina Silvestri (PPS), visou sensibilizar a sociedade e os agentes públicos ao Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. “Nosso objetivo é sensibilizar e promover a união de esforços da sociedade e dos agentes públicos sobre este tema tão urgente e absurdo”, afirmou a deputada Cristina. “A violência contra a mulher é um problema real e mundial. No Brasil, quase cinco mil mulheres foram mortas em 2017. E no Paraná não é diferente, tivemos um aumento de 40% nos números de feminicídio. Os casos de estupro também passam de cinco mil no estado. Dados expressivos e alarmantes que precisam ser combatidos. E faremos isso com aprimoramento das políticas públicas e pelo aprendizado”, afirmou.
Da mesma opinião a deputada Mabel Canto (PSC), ressaltou a importância de se buscar a igualdade de direitos, de unir forças e falar sobre o tema. “Agora temos que repreender, mas temos que procurar educar a nova geração sobre o respeito a todos. Só com educação que podemos mudar isso”, disse, ao comentar que no mês passado quatro mulheres morreram vítimas de feminicídio e duas sofreram tentativa, em Ponta Grossa. “Isso é alarmante e precisamos fazer algo para mudar isso”.
“É um momento importante de reflexão sobre o que podemos fazer, de como diminuir essa violência, porque o ideal seria acabar com ela, mas isso ainda é um sonho”, disse a deputada Luciana Rafagnin (PT) ao citar que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão no país e no Paraná a cada 36 minutos. “São dados preocupantes e acredito que seminários como estes ajudam a abrir os olhos da sociedade ao problema. Informação é fundamental para entendermos o problema e ajudar a combater”, observou.
Violência no trabalho - A juíza e presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região (Amatra IX), Camila Gabriela Greber Caldas falou sobre a violência no ambiente de trabalho. “A violência não é uma situação isolada na sociedade e acontece em todos os segmentos. Para alguns damos mais relevância, outros nós toleramos mais. Mas, chegou a hora de não tolerarmos mais nada com relação à violência contra a mulher”, afirmou ao lamentar que não existem estatísticas claras sobre a violência contra a mulher nas relações de trabalho. “Mas ela existe e ainda é silenciosa”, comentou.
A vice-procuradora chefe da procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes também falou sobre a violência que as mulheres sofrem no ambiente de trabalho. “Temos o racismo, o assédio moral e sexual e a importunação sexual. São todas formas de violência contra a mulher que precisam ser debatidas e combatidas”, afirmou ao pontuar que é “obrigação do empregador manter um ambiente seguro, salubre, inclusivo e não discriminatório às mulheres”. Ela apresentou casos trabalhistas e destacou que às mulheres vítimas de violência devem ter prioridade no atendimento às políticas públicas.
“Temos que ter atenção à educação que estamos dando às nossos filhos e filhas”, disse a desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná e coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid – TJPR), Lenice Bodstein, ao falar sobre mulher, gênero e política. Ela fez um histórico das conquistas das mulheres na sociedade e a representatividade delas na política. “Somos mais da metade de eleitores no Brasil, mas menos de 10% ocupam uma cadeira na Câmara Federal e isso precisa mudar”, afirmou. Ela também chamou a atenção ao fato de que o Paraná é o terceiro estado mais violento do país, um fato “não é aceitável”. Além disso, o Brasil é o 159º no ranking de violência contra a mulher. “É uma realidade do planeta, mas uma realidade brasileira que não condiz com o seu povo que é pacifico, alegre, saudável e que não tem guerra ou questões climáticas fortíssimas”, disse.
Informação e educação - “É de extrema importância debater o tema de combate à violência contra a mulher e de promoção e defesa dos direitos da mulher, porque quanto mais tivermos o envolvimento da sociedade e das instituições procurando saídas mais podemos fortalecer o atendimento às mulheres”, afirmou o defensor público geral do Paraná, Eduardo Abraão. Ele falou sobre o trabalho da Defensoria Pública na busca pela defesa das mulheres e ressaltou que o atendimento tem aumentado. “Quando eu atuava na Casa da Mulher Brasileira atendíamos uma média de 350 mulheres por mês. Do ano passado para cá, esse número passou para 500 por mês. Por um lado, as mulheres estão denunciando e procurando mais atendimento, mas por outro mostra que a violência vem aumentado e precisa ser combatida”, alertou.
A defensora pública e coordenadora do Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (Nufurb), Olenka Lins e Silva falou da importância da educação em direitos, do racismo e da participação da mulher na política. “É por meio da informação que nós podemos mudar o contexto social, sobretudo no que tange a exclusão das mulheres nos espaços mais importantes da sociedade. E seminários como este são de grande importância para a divulgação destes direitos e de como alterar a situação viva hoje”.
A presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OAB/Paraná, Helena de Souza Rocha destacou os papeis dos Conselhos municipal e estadual da Mulher que são locais de difusão de informações, espaços para diálogos e de construção de políticas públicas. “Além disso, destaco a educação como uma grande possibilidade de avanço para o enfrentamento da violência contra a mulher”.
A procuradora de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP/PR), Samia Saad Gallotti Bonavides, falou sobre “Política para Igualdade de Gênero: atenção plena aos direitos das mulheres visando uma sociedade mais inclusiva”, apresentando um histórico sobre a evolução do feminismo e da inclusão da mulher no mercado de trabalho. educação como mecanismo de enfrentamento da violência. Este foi o ponto principal debatido durante o Seminário de Políticas em Defesa da Mulher, realizado nesta segunda-feira (25), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná. O debate, proposto pela Procuradoria da Mulher da Assembleia, comandada pela deputada Cristina Silvestri (PPS), visou sensibilizar a sociedade e os agentes públicos ao Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. “Nosso objetivo é sensibilizar e promover a união de esforços da sociedade e dos agentes públicos sobre este tema tão urgente e absurdo”, afirmou a deputada Cristina. “A violência contra a mulher é um problema real e mundial. No Brasil, quase cinco mil mulheres foram mortas em 2017. E no Paraná não é diferente, tivemos um aumento de 40% nos números de feminicídio. Os casos de estupro também passam de cinco mil no estado. Dados expressivos e alarmantes que precisam ser combatidos. E faremos isso com aprimoramento das políticas públicas e pelo aprendizado”, afirmou.
Da mesma opinião a deputada Mabel Canto (PSC), ressaltou a importância de se buscar a igualdade de direitos, de unir forças e falar sobre o tema. “Agora temos que repreender, mas temos que procurar educar a nova geração sobre o respeito a todos. Só com educação que podemos mudar isso”, disse, ao comentar que no mês passado quatro mulheres morreram vítimas de feminicídio e duas sofreram tentativa, em Ponta Grossa. “Isso é alarmante e precisamos fazer algo para mudar isso”.
“É um momento importante de reflexão sobre o que podemos fazer, de como diminuir essa violência, porque o ideal seria acabar com ela, mas isso ainda é um sonho”, disse a deputada Luciana Rafagnin (PT) ao citar que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão no país e no Paraná a cada 36 minutos. “São dados preocupantes e acredito que seminários como estes ajudam a abrir os olhos da sociedade ao problema. Informação é fundamental para entendermos o problema e ajudar a combater”, observou.
Violência no trabalho - A juíza e presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região (Amatra IX), Camila Gabriela Greber Caldas falou sobre a violência no ambiente de trabalho. “A violência não é uma situação isolada na sociedade e acontece em todos os segmentos. Para alguns damos mais relevância, outros nós toleramos mais. Mas, chegou a hora de não tolerarmos mais nada com relação à violência contra a mulher”, afirmou ao lamentar que não existem estatísticas claras sobre a violência contra a mulher nas relações de trabalho. “Mas ela existe e ainda é silenciosa”, comentou.
A vice-procuradora chefe da procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes também falou sobre a violência que as mulheres sofrem no ambiente de trabalho. “Temos o racismo, o assédio moral e sexual e a importunação sexual. São todas formas de violência contra a mulher que precisam ser debatidas e combatidas”, afirmou ao pontuar que é “obrigação do empregador manter um ambiente seguro, salubre, inclusivo e não discriminatório às mulheres”. Ela apresentou casos trabalhistas e destacou que às mulheres vítimas de violência devem ter prioridade no atendimento às políticas públicas.
“Temos que ter atenção à educação que estamos dando às nossos filhos e filhas”, disse a desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná e coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid – TJPR), Lenice Bodstein, ao falar sobre mulher, gênero e política. Ela fez um histórico das conquistas das mulheres na sociedade e a representatividade delas na política. “Somos mais da metade de eleitores no Brasil, mas menos de 10% ocupam uma cadeira na Câmara Federal e isso precisa mudar”, afirmou. Ela também chamou a atenção ao fato de que o Paraná é o terceiro estado mais violento do país, um fato “não é aceitável”. Além disso, o Brasil é o 159º no ranking de violência contra a mulher. “É uma realidade do planeta, mas uma realidade brasileira que não condiz com o seu povo que é pacifico, alegre, saudável e que não tem guerra ou questões climáticas fortíssimas”, disse.
Informação e educação - “É de extrema importância debater o tema de combate à violência contra a mulher e de promoção e defesa dos direitos da mulher, porque quanto mais tivermos o envolvimento da sociedade e das instituições procurando saídas mais podemos fortalecer o atendimento às mulheres”, afirmou o defensor público geral do Paraná, Eduardo Abraão. Ele falou sobre o trabalho da Defensoria Pública na busca pela defesa das mulheres e ressaltou que o atendimento tem aumentado. “Quando eu atuava na Casa da Mulher Brasileira atendíamos uma média de 350 mulheres por mês. Do ano passado para cá, esse número passou para 500 por mês. Por um lado, as mulheres estão denunciando e procurando mais atendimento, mas por outro mostra que a violência vem aumentado e precisa ser combatida”, alertou.
A defensora pública e coordenadora do Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (Nufurb), Olenka Lins e Silva falou da importância da educação em direitos, do racismo e da participação da mulher na política. “É por meio da informação que nós podemos mudar o contexto social, sobretudo no que tange a exclusão das mulheres nos espaços mais importantes da sociedade. E seminários como este são de grande importância para a divulgação destes direitos e de como alterar a situação viva hoje”.
A presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OAB/Paraná, Helena de Souza Rocha destacou os papeis dos Conselhos municipal e estadual da Mulher que são locais de difusão de informações, espaços para diálogos e de construção de políticas públicas. “Além disso, destaco a educação como uma grande possibilidade de avanço para o enfrentamento da violência contra a mulher”.
A procuradora de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP/PR), Samia Saad Gallotti Bonavides, falou sobre “Política para Igualdade de Gênero: atenção plena aos direitos das mulheres visando uma sociedade mais inclusiva”, apresentando um histórico sobre a evolução do feminismo e da inclusão da mulher no mercado de trabalho.
educação como mecanismo de enfrentamento da violência. Este foi o ponto principal debatido durante o Seminário de Políticas em Defesa da Mulher, realizado nesta segunda-feira (25), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná. O debate, proposto pela Procuradoria da Mulher da Assembleia, comandada pela deputada Cristina Silvestri (PPS), visou sensibilizar a sociedade e os agentes públicos ao Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. “Nosso objetivo é sensibilizar e promover a união de esforços da sociedade e dos agentes públicos sobre este tema tão urgente e absurdo”, afirmou a deputada Cristina. “A violência contra a mulher é um problema real e mundial. No Brasil, quase cinco mil mulheres foram mortas em 2017. E no Paraná não é diferente, tivemos um aumento de 40% nos números de feminicídio. Os casos de estupro também passam de cinco mil no estado. Dados expressivos e alarmantes que precisam ser combatidos. E faremos isso com aprimoramento das políticas públicas e pelo aprendizado”, afirmou.
Da mesma opinião a deputada Mabel Canto (PSC), ressaltou a importância de se buscar a igualdade de direitos, de unir forças e falar sobre o tema. “Agora temos que repreender, mas temos que procurar educar a nova geração sobre o respeito a todos. Só com educação que podemos mudar isso”, disse, ao comentar que no mês passado quatro mulheres morreram vítimas de feminicídio e duas sofreram tentativa, em Ponta Grossa. “Isso é alarmante e precisamos fazer algo para mudar isso”.
“É um momento importante de reflexão sobre o que podemos fazer, de como diminuir essa violência, porque o ideal seria acabar com ela, mas isso ainda é um sonho”, disse a deputada Luciana Rafagnin (PT) ao citar que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão no país e no Paraná a cada 36 minutos. “São dados preocupantes e acredito que seminários como estes ajudam a abrir os olhos da sociedade ao problema. Informação é fundamental para entendermos o problema e ajudar a combater”, observou.
Violência no trabalho - A juíza e presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9ª Região (Amatra IX), Camila Gabriela Greber Caldas falou sobre a violência no ambiente de trabalho. “A violência não é uma situação isolada na sociedade e acontece em todos os segmentos. Para alguns damos mais relevância, outros nós toleramos mais. Mas, chegou a hora de não tolerarmos mais nada com relação à violência contra a mulher”, afirmou ao lamentar que não existem estatísticas claras sobre a violência contra a mulher nas relações de trabalho. “Mas ela existe e ainda é silenciosa”, comentou.
A vice-procuradora chefe da procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes também falou sobre a violência que as mulheres sofrem no ambiente de trabalho. “Temos o racismo, o assédio moral e sexual e a importunação sexual. São todas formas de violência contra a mulher que precisam ser debatidas e combatidas”, afirmou ao pontuar que é “obrigação do empregador manter um ambiente seguro, salubre, inclusivo e não discriminatório às mulheres”. Ela apresentou casos trabalhistas e destacou que às mulheres vítimas de violência devem ter prioridade no atendimento às políticas públicas.
“Temos que ter atenção à educação que estamos dando às nossos filhos e filhas”, disse a desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná e coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid – TJPR), Lenice Bodstein, ao falar sobre mulher, gênero e política. Ela fez um histórico das conquistas das mulheres na sociedade e a representatividade delas na política. “Somos mais da metade de eleitores no Brasil, mas menos de 10% ocupam uma cadeira na Câmara Federal e isso precisa mudar”, afirmou. Ela também chamou a atenção ao fato de que o Paraná é o terceiro estado mais violento do país, um fato “não é aceitável”. Além disso, o Brasil é o 159º no ranking de violência contra a mulher. “É uma realidade do planeta, mas uma realidade brasileira que não condiz com o seu povo que é pacifico, alegre, saudável e que não tem guerra ou questões climáticas fortíssimas”, disse.
Informação e educação - “É de extrema importância debater o tema de combate à violência contra a mulher e de promoção e defesa dos direitos da mulher, porque quanto mais tivermos o envolvimento da sociedade e das instituições procurando saídas mais podemos fortalecer o atendimento às mulheres”, afirmou o defensor público geral do Paraná, Eduardo Abraão. Ele falou sobre o trabalho da Defensoria Pública na busca pela defesa das mulheres e ressaltou que o atendimento tem aumentado. “Quando eu atuava na Casa da Mulher Brasileira atendíamos uma média de 350 mulheres por mês. Do ano passado para cá, esse número passou para 500 por mês. Por um lado, as mulheres estão denunciando e procurando mais atendimento, mas por outro mostra que a violência vem aumentado e precisa ser combatida”, alertou.
A defensora pública e coordenadora do Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (Nufurb), Olenka Lins e Silva falou da importância da educação em direitos, do racismo e da participação da mulher na política. “É por meio da informação que nós podemos mudar o contexto social, sobretudo no que tange a exclusão das mulheres nos espaços mais importantes da sociedade. E seminários como este são de grande importância para a divulgação destes direitos e de como alterar a situação viva hoje”.
A presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OAB/Paraná, Helena de Souza Rocha destacou os papeis dos Conselhos municipal e estadual da Mulher que são locais de difusão de informações, espaços para diálogos e de construção de políticas públicas. “Além disso, destaco a educação como uma grande possibilidade de avanço para o enfrentamento da violência contra a mulher”.
A procuradora de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP/PR), Samia Saad Gallotti Bonavides, falou sobre “Política para Igualdade de Gênero: atenção plena aos direitos das mulheres visando uma sociedade mais inclusiva”, apresentando um histórico sobre a evolução do feminismo e da inclusão da mulher no mercado de trabalho.