Diferente do reality show musical The Voice, que os jurados ficam de costas para os artistas que se apresentam e têm que fazer suas escolhas baseados somente na voz, o mundo corporativo se atém a todos os detalhes da apresentação: figurino, presença de palco e habilidade técnica. É uma simples analogia, mas o jeito de se vestir e se comportar faz toda a diferença na construção da carreira profissional, além, é claro, da competência técnica.
A consultora de imagem e estilo, Pâmela Metta, de Apucarana, e a psicóloga Audrey Azevedo, alertam que a imagem, formada tanto pela vestimenta quanto pelo jeito de se comportar, impacta na carreira profissional. E não pense que é futilidade. Tanto é que a visão é responsável por captar mais 80% das informações recebidas por uma pessoa, tornando-a o sentido mais importante do ser humano.
A consultora de imagem e estilo, Pâmela Metta, explica que a imagem de uma pessoa é composta, primeiramente, pela sua essência, por isso, é de extrema importância se conhecer e entender seus valores e princípios. “A imagem influencia para alcançar os objetivos pelo fato de que o que vestimos diz muito de nossa personalidade e causa impacto diretamente na maneira como os outros nos percebem. Então, se temos uma essência e não estamos passando, isso significa que a imagem não está em sintonia”, complementa.
Porém, Pâmela faz questão de frisar que vestir-se de forma adequada não significa usar “terno e gravata”. Ao contrário, a profissional observa que o dress code, ou código de vestimenta, varia muito de cada empresa, pois cada uma tem sua política e organização. “E o dress code pode ser desde o formal até o informal. A dica é, antes da entrevista de emprego, pesquisar o perfil da empresa, assim saberá o que usar”, exemplifica.
A psicóloga Audrey Azevedo, especialista em seleção de pessoas, ressalta que as informações se complementam. “Uma pessoa não será promovida ou contratada por simplesmente se vestir bem. Porém, espera-se de uma pessoa habilidosa em sua área que saiba a importância de estar vestida de forma coerente com o cargo, além do comportamento proativo”, diz.
De acordo com a psicóloga, a discrepância entre imagem e habilidade não torna a pessoa menos qualificada, mas interfere como os outros a veem. “A imagem não é só a roupa, é também autocuidado aliado ao jeito de se apresentar e se comportam. Hoje em dia, as empresas buscam pessoas positivas, que buscam soluções e favoreçam os relacionamentos interpessoais”, argumenta.
(Psicóloga Andrey Azevedo comenta que a discrepância entre imagem e habilidade não torna a pessoa menos qualificada, mas interfere como os outros a veem)