O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (27) que a linha de propaganda do governo mudo e defendeu a decisão do Banco do Brasil (BB) de retirar do ar um comercial de 30 segundos, que exibia imagens de homens e mulheres jovens, de diferentes estilos. A iniciativa seria para atrair o público jovem para a agência.
"Quem indica e nomeia o presidente do Banco do Brasil, não sou eu? Não precisa falar mais nada, então. A linha mudou. A massa quer o quê? Respeito a família,
ninguém quer perseguir minoria nenhuma. E nós não queremos que dinheiro
público seja usado dessa maneira", disse o presidente, após visitar a
estudante Yasmin Alves, de 8 anos, na casa dela, na Estrutural, uma das regiões
mais pobres do Distrito Federal.
A assessoria do Banco do Brasil informou, em nota, que "faltaram outros perfis" na publicidade, que saiu do ar no último dia 14. O diretor de Marketing do BB, Delano Valentim, foi demitido exonerado.
Bolsonaro também falou sobre a entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedida aos jornais Folha de S.Paulo e ElPaís, com autorização da Justiça. Na entrevista, realizada nesta sexta-feira(26), Lula disse que o Brasil está sendo governado por um "bando de malucos". "Olha, eu acho que o Lula, primeiro não deveria falar. Falou besteira. Maluco? Quem é do time dele? Grande parte está presa, está sendo processada. Tinha um plano de poder, onde finalmente nos roubaria a liberdade", disse Bolsonaro. O presidente criticou a autorização da Justiça para que Lula pudesse ser entrevistado na prisão, em Curitiba. "Acho que é um equívoco, um erro da Justiça, tê-lo dado direito a dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena e não dar declaração", encerrou.