Bolsonaro extingue horário de verão

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 25/04/2019
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (25) durante cerimônia no Palácio do Planalto o decreto que revoga o horário de verão. 

Na cerimônia de hoje, o presidente informou que a área técnica do Ministério de Minas e Energia apresentou estudos sobre a economia de energia gerada pelo horário de verão.

 Segundo Bolsonaro, o setor da saúde também foi consultado para saber como o horário afeta o relógio biológico das pessoas.

“As conclusões foram coincidentes: questão de economia, o horário de pico era mais pra 15h, então não tinha mais a razão de ser, não economizava mais energia; e na área de saúde, mesmo sendo uma hora apenas, mexia com o relógio biológico das pessoas”, disse.

O presidente aproveito o momento para explicar os motivos do decreto, sem a necessidade de aprovação no Parlamento. "Muitas vezes, um decreto tem um poder enorme, como este assinado aqui, agora. A todos os senhores, os demais que estão nos ouvindo, o governo está aberto. Quem tiver qualquer contribuição para dar via decreto, via novo decreto ou via alteração de decreto, nós estamos à disposição dos senhores”, completou. A medida já havia sido anunciada pelo presidente no dia 5 de maio. 

Horário de verão

 No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então Presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase seis meses, vigorando de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.

No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não consecutivos. Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até agora.

O período de vigência do horário de verão é variável, mas, em média, dura 120 dias. Em 2008, o horário de verão passou a ter caráter permanente.

No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países - atingindo cerca de um quarto da população mundial.

O horário de verão é adotado em países como Canadá, Austrália, Groelândia, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai. Rússia, China e Japão, por exemplo, não implementam esta medida