Edward Guinan e Scott Engle, cientistas radicados na Universidade de Villanova, na Pensilvânia (EUA), anunciaram que pode haver vida primitiva na gelada “super-Terra” conhecida como GJ 699 b, que orbita a estrela de Barnard, localizada a apenas seis anos-luz do Sol.
Os cientistas afirmam que no planeta, também conhecido com Barnard b, as temperaturas atingem 170 graus centígrados negativos. No entanto, esse mundo novo, descoberto em novembro do último ano, apresenta potencial para abrigar vida primitiva se tiver um grande núcleo de ferro ou níquel quente e atividade geotérmica, sustentam os astrofísicos.
De acordo com Guinan, o aquecimento geotérmico poderia permitir a existência de "zonas de vida" sob a superfície, similares aos lagos subterrâneos encontrados na Antártica.
"Sabemos que a temperatura da superfície da lua gelada de Júpiter – Europa — é semelhante à de Barnard b, mas devido ao aquecimento de maré [processo por meio do qual a energia de rotação e translação é dissipada sob a forma de calor no interior dos planetas e luas envolvidos] é provável que esta lua tenha oceanos líquidos sob a sua superfície gelada", disse.
Scott Engle frisou que a estrela de Barnard é quase duas vezes mais antiga que o Sol: ela tem 9 bilhões de anos, em comparação com os 4,6 bilhões de anos do nosso Sol.
Produção de planetas
"O Universo produziu planetas do tamanho da Terra muito antes de nós existirmos e até mesmo antes do próprio Sol existir", detalhou.
Fonte: VillaNovaUniversity