O show de Roger Waters, ex-lider do Pink Floyd, que aconteceu na noite de terça-feira (09) no Allianz Parque, em São Paulo, foi marcado pelo posicionamento contrário do cantor ao candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL).
A turnê "Us + The” é cheia de críticas políticas e adaptada de acordo com cada cenário por onde ela passa. No Brasil, o artista declarou repúdio ao candidato ao chama-lo de neofacista.
O nome de Bolsonaro apareceu em um telão de 70 metros de altura com 14 de largura. Nele, havia nomes de políticos de todo mundo, considerados por Waters, como neofacistas, como Trump e Putin. Para surpresa do público, o último a integrar a lista era Bolsonaro.
Durante o show, também foi exibido no telão a hashtag “ele não” que faz parte do movimento contra Bolsonaro. Palavras de ordem contra um governo autoritário também foram expostas.
Entre uma canção e outra, Roger Waters, deu uma pausa para falar sobre a atual situação política do Brasil. "Vocês têm uma eleição importante em três semanas. Vão ter que decidir quem querem como próximo presidente. Sei que não é da minha conta, mas eu sou contra o ressurgimento do fascismo por todo o mundo. E como um defensor dos Direitos Humanos, isso inclui o direito de protestar pacificamente sob a lei. Eu preferiria não viver sob as regras de alguém que acredita que a ditadura militar é uma coisa boa. Eu lembro dos dias ruins na América do Sul, e das ditaduras, e foi feio".
Divididos, os brasileiros reagiram com aplausos e vaias. Alguns, mais contrários, chegaram a xingar o cantor. A manifestação do público durou cerca de cinco minutos. Na saída do show, o assunto mais comentado entre os presentes era sobre s declarações de Waters.