O grupo do Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" já reúne mais de 780 mil mulheres contrárias à candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, que atualmente lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno.
Feito por mulheres e com a participação apenas delas, o grupo foi criado há menos de duas semanas, mas explodiu em número de acessos nesta semana.
Em mensagem publicada na rede social, uma das administradoras afirma que, devido ao grande interesse hoje, o grupo precisou ser classificado como secreto para que as moderadoras deem conta das centenas de convites enviados para novas participantes.
"Breve abriremos o grupo de novo, ainda estamos aceitando as novas "membras", 10 mil por minuto, acreditem!!!", diz a participante
O grupo admite apenas mulheres (cis ou trans) e permite somente publicações relacionadas ao candidato do PSL "destinado a união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores".
Segundo a descrição do grupo, "este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres".
Uma das participantes elogiou a criação do grupo: "É muito bom ter um grupo pra desabafar porque no meu face serei fuzilada se falar o que penso!", escreveu.
Eleitorado feminino
Apesar de ser o candidato mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto (22%), Bolsonaro é o candidato mais rejeitado (43%) entre os 13 postulantes ao Planalto. Sua rejeição é ainda maior entre as mulheres.
De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (10), a primeira após o ataque a faca sofrido pelo candidato na semana passada, 49% das mulheres disseram que não votariam no candidato de jeito nenhum. O eleitorado feminino corresponde a 52% do total de votantes.
Fonte: R7.com