Uma empresa de Mauá da Serra foi denunciada por pelo menos dez comerciantes e agricultores vítimas de golpes pela internet. Eles alegam que foram atraídos pelo bom preço, encomendaram e pagaram por produtos (milho ou soja), contudo, as mercadorias compradas nunca foram entregues.
Dentre as vítimas está um agricultor de Sumé, no interior da Paraíba que encomendou mil sacas de milho da Fort Grãos Associados. Ele conta que depositou R$ 30,4 mil na conta da empresa em 30 de junho e após uma semana de prazo para a entrega, a mercadoria não chegou.
Outro agricultor do Maranhão pagou R$ 13,9 mil por 500 sacas de milho para revender localmente. O produtor disse que pesquisou previamente o CNPJ da empresa, contudo, não encontrou nenhuma informação suspeita. Ele conta que foi atraído pelo preço baixo, já que a saca com frete incluso da Fort Grãos era de R$ 18, ante R$ 26 no comércio local.
Após vários dias aguardando a entrega das sacas, o agricultor percebeu que havia sido enganado. Por conta própria ele e outras vítimas descobriram que o responsável pela empresa provavelmente usou uma identidade falsa, de um laranja, para abrir a conta. Além disso, o dinheiro que caia nessa conta estaria sendo transferido para uma conta de bitcoins, espécie de moeda virtual.
A vítima registrou um boletim de ocorrência da Polícia Civil do Maranhão. O caso foi encaminhado ao 1º Distrito Policial de Londrina que transferiu a ocorrência para a Delegacia de Marilândia do Sul, comarca a qual Mauá da Serra pertence. Também foram identificadas vítimas de Jaguaré, no Espírito Santo e Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana de Aracaju, Sergipe.
Por telefone, a reportagem tentou falar com algum representante da empresa citada, contudo, ninguém atendeu a ligação.