Unespar pode suspender ano letivo por falta de professores 

Autor: Da Redação,
domingo, 18/03/2018
Unespar pode suspender ano letivo por falta de professores 

O calendário acadêmico de 2018 da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) pode ser suspenso por falta de professores. Conforme nota divulgada neste domingo (18) no site oficial da instituição, o reitor Antônio Carlos Aleixo, informou a direção superior da universidade que a suspensão a partir de 26 de março estará em pauta para votação em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), na quinta-feira (22).

No texto, a reitoria da Unespar justifica que a proposta se deve ao fato de que, até o presente momento, o Governo do Estado do Paraná ainda não autorizou a liberação de 8.560 horas para a contratação de professores temporários, mesmo com o início das aulas em quatro dos sete campi que compõem a universidade.

Confira o comunicado na íntegra.
"O reitor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Antonio Carlos Aleixo, informou a direção superior da universidade que na próxima quinta-feira, dia 22 de março, estará em pauta para votação em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) a suspensão do calendário acadêmico de 2018 a partir do dia 26 de março. A reitoria da Unespar justifica que proposta se deve ao fato de que, até o presente momento, o Governo do Estado do Paraná ainda não autorizou a liberação de 8.560 horas para a contratação de professores temporários, mesmo com o início das aulas em quatro dos sete campi que compõem a universidade.

Além disso, um suposto decreto estadual, ainda não publicado em Diário Oficial, datado de 16 de março de 2018, autoriza e estabelece um total de 36.729 horas para contratação de professores temporários, a serem divididas entre todas as sete Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES). Em seu texto, o decreto determina para a Unespar um total de 4.389 horas, ou seja, apenas 51% da carga horária mínima que a universidade necessita para o ano letivo de 2018.

Segundo o reitor, a carência por essa carga horária temporária é motivada pela progressiva redução nos últimos anos, mediante aposentadoria, do quadro de docentes efetivos e de agentes universitários da instituição, sem que a reposição dos cargos tenha sido autorizada pelo governo estadual. Desta forma, a não liberação das 8.560 horas para contratação de docentes temporários coloca a universidade em uma situação ainda mais crítica que compromete e inviabiliza o seu pleno funcionamento".

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino SuperiorrSegundo a assessoria, os pedidos das universidades estaduais para contratação de professores colaboradores continuam sendo analisados pelo Comitê de Política Salarial.